FOLHA: Valorização imobiliária ameaça teatros.
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Autódromo de Interlagos
Quero cumprimentar a Sra. presidente Marta Costa, o meu amigo vereador Gilberto Natalini, pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo Partido Verde; vereador Conte Lopes, que tem sempre uma análise precisa em relação à segurança; vereador Paulo Fiorilo, que tem travado grandes debates nesta Casa, um grande vereador, demais colegas vereadores da minha bancada.
Sr. vereador Aurélio Nomura, muito obrigado pelo tempo que cede a mim. Também quero agradecer ao vereador Mário Covas Neto, que comigo apresenta à Sra. Presidente a seguinte indicação:
Nos termos regimentais, seja oficiado ao Sr. Prefeito, solicitando providências junto aos órgãos competentes, no sentido de solucionar o problema a seguir enfocado:
Indicamos à douta Mesa, na forma regimental, seja oficiado ao Sr. Fernando Haddad, Prefeito da cidade de São Paulo, no sentido de que sejam tomadas providências para que o Autódromo Municipal José Carlos Pace, Autódromo de Interlagos, dê prioridade aos eventos relacionados ao automobilismo, preservando a sua finalidade histórica, o motivo pelo qual foi criado, e considerada a importância das corridas para a cidade de São Paulo.
A Prefeitura de São Paulo está tentando transformar o Autódromo num grande centro de eventos, para ganhar dinheiro, porque se exige que o Autódromo dê lucro para a Prefeitura.
O Autódromo é um espaço público, e a sua finalidade essencial é promover corridas de automóveis, de motos, entretenimento para a população não só da zona Sul, mas de toda a Cidade, do Estado e de outros lugares do País. É o automobilismo que está presente ali no Autódromo, e a Prefeitura vem insistindo em sucatear o automobilismo, especialmente tratando de forma desleixada a nossa Federação Paulista de Automobilismo. Chega! É preciso reverter essa situação.
O mais importante autódromo da América do Sul foi inaugurado em 12 de maio de 1940, numa época em que, por falta de espaços apropriados, as corridas eram feitas nas ruas. A construção de Interlagos fazia parte de um ambicioso plano para a região situada entre as represas Billings e Guarapiranga, um projeto urbanístico, que se tornaria um lugar de moradias agradáveis e de muita diversão para as famílias paulistanas. O Autódromo era, justamente, uma das atrações do plano para a região.
Integra o Autódromo de Interlagos o Kartódromo Ayrton Senna, inaugurado em 1970, uma das primeiras pistas próprias para a prática da modalidade no mundo, local de treinamento de, praticamente, todos os pilotos de ponta do Brasil, desde a sua criação.
No dia 25 de janeiro de 2014, no evento Super Kart Brasil, sediado no Kartódromo Ayrton Senna, tivemos a presença de campeões mundiais de kart e preparadores, que ficaram instalados em tendas, já que os boxes não eram suficientes – sem contar as precárias instalações dos banheiros, do asfalto, da lanchonete, a falta de uma sala de reuniões para os competidores. É uma vergonha o que acontece no Autódromo de São Paulo, o mais importante Autódromo da América Latina.
Em abril de 2005, a administração do Autódromo e do Kartódromo, antes sob a responsabilidade da Secretaria de Esportes, foi transferida, por permissão de uso, para a SPTuris, órgão oficial de turismo da cidade de São Paulo.
Nos últimos anos, o Autódromo tem servido de local e priorizado eventos que não têm qualquer ligação com o automobilismo, tais como festivais de música eletrônica, shows de rock, eventos para montadoras de automóvel – que é para ganhar um dinheirinho extra -, missas, entre outros. Consequentemente, as corridas automobilísticas, que são a função principal e primordial da criação do Autódromo, estão sendo preteridas.
Deixo claro que não tenho nenhum problema com que o Autódromo seja utilizado para outras atividades. O que não se pode é prejudicar sua atividade-fim, que é a utilização da pista, que são as corridas de automóvel. Senão, que se feche a pista e se loteie o espaço – como a Prefeitura gosta de fazer – e se construam montes de prédios em volta, fazendo-se no local um auditório para shows. É uma vergonha o que acontece com o Autódromo de São Paulo!
Considerando a relevância do esporte para a cidade de São Paulo, a priorização de corridas no Autódromo mostra-se necessária e imediata. Dessa forma, Sra. Presidente, requeremos providências para o atendimento da demanda, com datas para corridas de automóvel, visto que elas são de extrema importância para a cidade de São Paulo.
Requeremos também envio de ofício, nos moldes acima descritos, ao Exmo. Sr. Prefeito solicitando informação sobre: ausência de dados sobre disponibilidade de datas para o Calendário Oficial da Federação Paulista de Automobilismo; esclarecimento do projeto apresentado em 2013 para reforma do equipamento a fim de sediar a Fórmula 1; previsão para reforma nas instalações do Kartódromo, compromisso assumido pela então Presidente da SPTuris; e necessidade de fechamento anual do Autódromo pelo prazo de 75 dias para realização do evento da Fórmula 1, exigência que não ocorre em nenhum outro país do mundo.
Esse requerimento é assinado por este Vereador e pelo Vereador Mario Covas Neto, cujo deferimento solicito a V.Exa. para que ele possa ser encaminhado ao Sr. Prefeito.
Concedo aparte ao nobre Vereador Paulo Fiorilo.
Paulo Fiorilo (PT) – Nobre Vereador, sempre no intuito de dialogar com V.Exa., esclareço que, obviamente, a Prefeitura tem vários espaços públicos importantes. Poderíamos citar o Autódromo, o Sambódromo e vários outros espaços importantes. No caso do Autódromo, lembro que, ao longo dos últimos anos, na gestão dos Prefeitos Serra e Kassab, sempre se buscaram alternativas de uso. Primeiro, porque ele não poderia ficar restrito a apenas uma ou duas grandes atividades ao longo do ano.
A questão que dirijo a V.Exa. é a seguinte: em sua opinião, o Autódromo deve ou não ser utilizado para outros eventos que possam reverter em recursos para o Município? Essa é a pergunta. Isso é possível, inclusive outros municípios já o fazem. O próprio Estado, por exemplo, está querendo fazer PPP com os parques. Minha pergunta a V.Exa. é a seguinte: é possível se pensar o Autódromo de Interlagos para outras atividades, além das que já existem, sem se ferir o uso definido pela Federação e pelos outros entes?
Floriano Pesaro (PSDB) – Acho que sim, acho que é possível, mas está ferindo. Quanto à PPP dos parques, nobre vereador, ela não tem nada a ver com o que estamos discutindo, porque o Estado irá passar para uma organização não governamental a administração do parque na forma de exploração. Obviamente, pode haver um ou outro evento previsto no contrato de gestão do parque.
No caso do Autódromo, não há problema em que ele venha a ter outros recursos. O problema é achar que corrida não dá lucro ou não traz público. Isso não é verdade. Uma corrida bem divulgada – desde o Racha em Interlagos, que é na verdade a corrida de largada, até outros eventos como a Super Fórmula, a Fórmula Vee Brasil e tantas outras – traz público. O problema é que, se o público vai até lá, os banheiros não funcionam, não há o que comer e os dias escolhidos são os piores possíveis.
No Autódromo de Interlagos, a prioridade tem que ser a Federação Paulista e o calendário de corridas. Depois que eles escolherem, aí a SPTuris vem e pode locar o resto. O que não pode é locar e dizer para a Federação Paulista de Automobilismo que naquele dia não tem espaço porque emprestaram para a Chevrolet fazer uma apresentação de automóvel. Isso é inverter a lógica de um espaço público, de um espaço que é um parque público. Isso não pode.
E, olha, estou junto com o Vereador Mario Covas Neto nessa empreitada. O Vereador Mario Covas foi piloto, foi corredor e sabe o que o automobilismo atrai de público e de turismo para a cidade de São Paulo. Aliás, não fosse isso, não teria a Fórmula 1 essa disputa enorme.
E outra coisa, Vereador Paulo Fiorilo, acho que também não precisamos inventar a roda. É só ver como são usados os autódromos no mundo inteiro, autódromos do porte do José Carlos Pace. É só ver. Eles têm várias atividades, todas elas correlatas ao automobilismo, porque lá são centros de turismo para isso.
O segundo ponto que gostaria de tratar nestes cinco minutos que me restam – antes, mais uma vez agradecendo ao meu colega, orgulho da nossa Bancada, vereador Aurélio Nomura, um dos melhores vereadores desta Casa – é o assunto seguinte: “Prefeitura coloca piso antimendigo em viaduto”.
Fui Secretário de Assistência Social por três anos e meio nesta cidade, quando fizemos o mais importante trabalho com crianças e moradores de rua da história de São Paulo. Isso não é o Floriano Pesaro que está dizendo. Isso também foi dito pelos meus adversários, e muitos, ligados ao Partido dos Trabalhadores, elogiaram franca e abertamente a gestão que fizemos na Secretária de Assistência Social.
Mas isso foi dito pelas organizações que avaliam esse tipo de trabalho, não só na cidade, como também nas principais cidades do mundo.
E digo mais uma vez: não precisamos inventar a roda. Em que pese a boa vontade e o compromisso que a Secretária Luciana Temer tem com a questão social, o fato é que, neste governo, a desarticulação na área social é absoluta, é total, pois a decisão do Prefeito, errada – mais uma, diga-se, pois o Prefeito toma decisões erradas em série, ele é um seriado de decisões erradas, não é um serial killer, mas ele é um serial wrong, é um errante -, de tirar o foco do trabalho com população em situação de rua da Assistência e passar para os Direitos Humanos foi um erro. Errou, porque a política nacional do SUAS etc. está focalizada na Assistência Social, nos CRAS – Centros de Referência de Assistência Social, e nos CREAS – Centros de Referência Especializados de Assistência Social.
Então quando coloca lá o Rogério Sottili, dos Direitos Humanos – e que não entende nada de população de rua –, no meio dessa história, o que acontece? Chamam a Guarda Civil Metropolitana. O PT reclamava do Ortega, mas o Secretário que está lá, atual, nesse quesito, está lá treinando Direitos Humanos para a Guarda, mas já envolveu a Guarda no meio, quer dizer, está todo mundo perdido. Não sabem mais o que fazer.
Sabe o que aconteceu, nobre Vereador Mario Covas Neto? A população de rua em São Paulo deve estar beirando, agora, entre 14 e 15 mil moradores de rua, quando, no último ano de minha gestão, estávamos em torno de 12 mil. Então ela vem aumentando.
Quero dar um aparte a V.Exa., que me pediu.
Mario Covas Neto (PSDB) – Apenas para retomar o assunto do Autódromo de Interlagos, gostaria de colocar duas outras questões que estão à parte e à margem de seu pronunciamento.
A primeira: já de algum tempo, exatamente depois da mudança da Secretaria de Esportes para a SPTuris, a SPTuris adotou um procedimento em que os valores cobrados de aluguel dos espaços do Autódromo subiram, assim, coisa de 300% ante o que se cobrava anteriormente. Isso acabou criando uma série de constrangimentos para quem promovia as corridas. Esse é um dado.
Ou seja, é preciso ser colocado o seguinte: a Fórmula 1 vem para cá, traz uma série de benefícios indiretos, mas não paga nem um tostão para usar o Autódromo. Ao contrário das corridas nacionais, que são obrigadas a pagar, e pagar um valor altíssimo.
Eu estou fazendo um levantamento e espero logo poder fazer um pronunciamento nesse sentido, mas anualmente a Prefeitura gasta um valor considerável em reforma do autódromo.
Pretendo mostrar um cálculo. Se fizermos isso, referente aos últimos anos, certamente poderíamos ter construído alguns autódromos. Então, está na hora de olharmos o autódromo de uma forma mais definitiva e ver se não é o caso de começarmos a estudar outro tipo de solução. Quem sabe, o autódromo pode se transformar num palco de grandes eventos. Que se faça um autódromo, de fato, para corridas, mas num lugar apropriado, que não exija dos cofres públicos, anualmente, contribuir com tanto dinheiro como vêm contribuindo. Muito obrigado.
Floriano Pesaro (PSDB) – Eu que agradeço, nobre vereador, que conhece todo esse assunto. De fato, vamos até o final nessa luta do autódromo, porque não queremos que seja sucateado o Autódromo de Interlagos da forma como está sendo feita.
Na gestão anterior, já havia um problema, mas, nesta gestão, piorou. Voltando à questão da população em situação de rua, acho que a imprensa retrata um pouco esse preconceito do mendigo. Primeiro, porque são moradores em situação de rua, que podem sair da rua. Nós tiramos mil moradores de rua por ano, quando eu era Secretário.
Segundo, como disse o vereador Andrea Matarazzo, não há antimendigo – rampa, banco ou piso. O que há é uma forma de, ao se construir determinada parte do mobiliário urbano, evitar que pessoas possam dormir naquele local, porque há locais mais adequados para elas dormirem.
Quando o vereador Andrea Matarazzo colocou as rampas sob o Viaduto Rebouças, o Complexo Viário Rebouças, o Partido dos Trabalhadores, junto com a imprensa e o Padre Júlio Lancellotti, na época, foram dizer que eram rampas antimendigos. Em nenhum momento disseram que a ex-Prefeita Marta Suplicy havia colocado, embaixo do Viaduto Jorge João Saad, no complexo viário do Ibirapuera, diversas pedras pontiagudas, para também eles não dormirem lá embaixo, ou fechado todas as passagens embaixo da 23 de Maio.
Esse não é um problema, essa não é uma questão; esse é o desvio da questão. O problema é como fazer com que essa população em situação de rua possa ter o local adequado para dormir, possa ter um albergue adequado e possa ter uma abordagem adequada. Esse é o desafio e não essa palhaçada de dizer que o piso é antimendigo ou não. Isso é ridículo.
Agradeço, mais uma vez, ao Vereador Aurélio Nomura, orgulho da nossa bancada, pela cessão do tempo, e os demais colegas.
Folha.com-Valorização imobiliária ameaça teatros em São Paulo
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Câmara Municipal de São Paulo: Audiência debate ampliação de corredores de ônibus
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Não acontece nada na cidade de São Paulo
Sr. Presidente, Srs. vereadores e telespectadores da TV Câmara, nas duas últimas semanas, dois Srs. vereadores desta Casa, por meio de um dos principais jornais do País, a Folha de S. Paulo, defenderam posições antagônicas em relação ao Governo Haddad. Eu tive a honra de escrever um artigo na Folha, mostrando que o Governo Haddad é bom de contratar companheiros, companheiras, camaradas, mas é ruim de gastar o dinheiro público.
Aliás, a bancada do PSDB, no dia de hoje, discutindo tudo que já aprovamos, nos últimos 12 meses, de leis para o Sr. Prefeito poder trabalhar, resultou em nada, seja o terreno de Pirituba; seja o terreno da zona Leste, cedido para a Unifesp; seja a autorização para construção de casas, nada. Não acontece nada na cidade de São Paulo, a não ser a ampliação da máquina pública para empregar companheiros e companheiras, como eu relatei na criação de 1.200 cargos, a um custo de 180 milhões de reais, e fui contestado pela Secretária Leda Paulani na semana passada, que disse que não custou tudo isso. Segundo o nobre vereador Paulo Fiorilo, foram 348 cargos.
Curiosamente, 348 cargos são novos; outros, descongelados. Como se isso não significasse trazer mais 600, 700, 800 pessoas para o governo. Mas esse é o PT, e sabemos como ele trabalha: empregando todo mundo na máquina pública para depois fazer campanha.
Não quero hoje contestar a prática petista. Quem sabe uma hora dessas o povo desperte para a incompetência generalizada.
O artigo do nobre vereador Paulo Fiorilo aborda investimentos recordes na cidade de São Paulo no primeiro ano de governo do Prefeito Haddad. Tenho a impressão de que quem ler o título do artigo desistirá de ler o conteúdo, porque é uma piada dizer que em São Paulo está havendo investimentos recordes. Nada acontece em São Paulo, a não ser a pintura de faixas de ônibus, a única coisa visível que está acontecendo.
Em 2005, o Prefeito José Serra investiu 4,4% de um orçamento de 15,2 bilhões de reais. Em 2009, o Prefeito Kassab quase dobrou esse valor e investiu 7,6% de um orçamento total de 27,5 bilhões de reais, 41% a mais do que o Sr. Serra, que se deveu ao aumento do IPTU e, consequentemente, aumento de investimentos. Os petistas vão dizer que aumentamos o IPTU, e é verdade, porque fazia sete anos que estávamos sem aumento.
E, no artigo do nobre vereador Paulo Fiorilo, S.Exa. diz que nem o PSDB nem a FIESP, à época, entraram na Justiça, contra o aumento. O PT entrou, mas perdeu. Então, tínhamos razão. Agora, entramos na justiça e ganhamos. Assim, o PT não tem razão.
De 2009 até 2013, o orçamento da cidade aumentou em 50%, de 27,5 bilhões para 42 bilhões, enquanto os investimentos cresceram apenas 13%.
Quanto aos investimentos federais na cidade de São Paulo, curiosamente a área que mais aumentou foi o repasse do SUS. Em 2013, a Cidade teve 18% a mais de recurso na área em que o responsável era o candidato ao Governo do Estado pelo partido do Sr. Prefeito. Assim trabalha a máquina petista: sempre a favor de seus candidatos, independentemente do interesse público.
Tendo acabado o meu tempo, voltarei a falar do artigo do nobre vereador Paulo Fiorilo, continuando a demonstrar o quão falacioso ele é, uma vez que São Paulo nunca teve tão pouco investimento como neste primeiro ano do governo do Prefeito Haddad.
Muito obrigado.
Câmara Municipal de São Paulo: ONG completa dez anos de ajuda às mulheres violentadas
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PL 262/2013
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[tab title=”Projeto de Lei”]

A Câmara Municipal de São Paulo D E C R E T A:
“Fica criada a Secretaria Municipal de Prevenção as drogas, e dá outras providências.
A Câmara Municipal de São Paulo resolve:
Art. 1º – Fica criada a Secretaria Municipal de Prevenção a drogas, são atribuições da Secretaria Municipal de Prevenção as drogas:
I – realizar parceria com os demais órgãos da administração municipal para execução de projetos direcionados à prevenção ao uso de drogas, especialmente nas escolas, entidades comunitárias e áreas públicas;
II – propor sistema de inteligência para cooperar e colaborar com os órgãos públicos responsáveis pela repressão ao tráfico de drogas, através do encaminhamento de informações;
III – articular com demais órgãos da administração municipal o apoio a projetos sociais de prevenção ao uso indevido de drogas, casas de recuperação, além de promover ações de esporte, cultura e lazer, com objetivo da prevenção; principalmente em áreas onde o tráfico tem maior influência.
IV – prestar apoio técnico e administrativo ao Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas e Álcool de São Paulo – COMUDA;
Art. 2º – Os recursos do Fundo Municipal de Prevenção às Drogas – FUNPRED, serão administrados pela Secretaria Municipal de Prevenção as Drogas, com consulta ao Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas de São Paulo.”
Art. 3º – O Poder Executivo regulamentará esta lei rio prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 4º – As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Sala das Sessões, 24 de abril de 2013. Às Comissões competentes”.
Requerimento RDS 13-0867/2013 altera os autores desse projeto.
Publicação original DOC 26/04/2013, pág. 75
PROJETO DE LEI 01-00262/2013 do Vereador Jean Madeira (PRB)
A Câmara Municipal de São Paulo D E C R E T A:
“Fica criada a Secretaria Municipal de Prevenção as drogas, e dá outras providências.
A Câmara Municipal de São Paulo resolve:
Art. 1º – Fica criada a Secretaria Municipal de Prevenção a drogas, são atribuições da Secretaria Municipal de Prevenção as drogas:
I – realizar parceria com os demais órgãos da administração municipal para execução de projetos direcionados à prevenção ao uso de drogas, especialmente nas escolas, entidades comunitárias e áreas públicas;
II – propor sistema de inteligência para cooperar e colaborar com os órgãos públicos responsáveis pela repressão ao tráfico de drogas, através do encaminhamento de informações;
III – articular com demais órgãos da administração municipal o apoio a projetos sociais de prevenção ao uso indevido de drogas, casas de recuperação, além de promover ações de esporte, cultura e lazer, com objetivo da prevenção; principalmente em áreas onde o tráfico tem maior influência.
IV – prestar apoio técnico e administrativo ao Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas e Álcool de São Paulo – COMUDA;
Art. 2º – Os recursos do Fundo Municipal de Prevenção às Drogas – FUNPRED, serão administrados pela Secretaria Municipal de Prevenção as Drogas, com consulta ao Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas de São Paulo.”
Art. 3º – O Poder Executivo regulamentará esta lei rio prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 4º – As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Sala das Sessões, 24 de abril de 2013. Às Comissões competentes”.
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[tab title=”Justificativa”]
O avanço das drogas em nossa sociedade tem provocado grandes agravos em todos os aspectos, pois atinge os usuários, em sua maioria jovens, as suas famílias, amigos e diversas pessoas que não tenham relação direta com o dependente, mas, acabam sofrendo as consequências dos atos provocados pelas pessoas que estão envolvidas com o presente mal. É sabido do alto valor que custa um tratamento para recuperação de tais pessoas pelo sistema de saúde e também que apenas o tratamento não é suficiente para sanar o problema, dada a sua complexidade.
A cidade de São Paulo viu nos últimos anos um crescimento acelerado de usuários de crack e outras drogas entre os jovens, que a cada dia vem provocando consequentemente um avanço na criminalidade e nos atendimentos nos postos de saúde de vítimas de crimes e acidentes provocados por usuários. Os setores da administração pública estadual e municipal acabaram não acompanhando este avanço na forma de planos e ações para frear o crescimento e provocar um movimento reverso de diminuição.
A criação de uma secretaria de prevenção às drogas vem ao encontro desta necessidade, de coordenar de uma forma inteligente as ações, projetos, estudos e parcerias necessárias para contemplar o objetivo de conter este avanço, interligando os trabalhos dos diversos setores governamentais no que dizem respeito às drogas. A cidade precisa urgentemente de uma unidade exclusiva para tocar esta importante questão e se projetar como um lugar de oportunidade de crescimento para os jovens, deixando para trás a marca que as drogas tem trazido a nossa juventude.”
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PL 334/2013
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[tab title=”Projeto de Lei”]

PUBLICADO DOC 23/05/2013, PÁG 116
PROJETO DE LEI 01-00334/2013 do Vereador Ricardo Nunes (PMDB), Floriano Pesaro (PSDB), Calvo (PMDB) e George Hato (PMDB)
“Dispõe sobre a obrigatoriedade das Unidades Hospitalares da Rede Pública e Privada do Município de São Paulo de realizarem os exames para diagnóstico precoce da encefalopatia crônica não progressiva da infância (PC – paralisia cerebral) nos recém-nascidos, e dá outras providências.
A Câmara Municipal de São Paulo D E C R E T A:
Art.1º Fica instituída nas Unidades Hospitalares da Rede Pública e Privada do Município de São Paulo, a obrigatoriedade da realização de exames para diagnóstico precoce da encefalopatia crônica não progressiva da infância (PC – paralisia cerebral).
Art. 2º Os exames ora criados devem ser realizados no momento do nascimento e repetidos após 24 horas, salvo quando, por determinação médica, outra data for julgada necessária.
Art. 3º Os exames obrigatórios ora criados consistem em:
I- Colocar a criança recém-nascida de barriga para baixo (posição PRONA), caso o bebê não vire a cabeça para respirar fica constatada uma lesão cerebral severa;
II- O “Reflexo de Moro”, que consiste em colocar o bebê deitado suspendendo-o levemente pela cabeça, ele abrirá os braços e as mãos fazendo uma grande abdução (susto) e retornando à posição anterior de flexão dos braços e mãos;
III- O “Reflexo de Marcha”, que consiste em colocar o bebê em pé sobre uma mesa, segurando-o pelo tronco, as pernas se esticarão e o bebê se endireita para ficar em pé, inclinando levemente o tronco para frente, o bebê troca passos com ritmo.
Art. 4º Fica estipulado o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para as Unidades Hospitalares da Rede Pública e Privada se adaptarem e se equiparem para realizar os exames para diagnóstico precoce da encefalopatia crônica não progressiva da infância (PC – paralisia cerebral).
Art. 5º Em caso de descumprimento desta (ei, serão aplicadas as seguintes penalidades:
I- multa de R$ 2.500,00 (dois quinhentos reais) na lavratura do auto da primeira infração;
II- multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) na reincidência.
III- no caso de nova reincidência a unidade hospitalar terá os serviços de maternidade suspensos até que os procedimentos sejam regularizados;
Art. 6º – O Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data de sua publicação.
Art. 7º- As despesas decorrentes com a execução desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 8º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, 16 de maio de 2013. Às Comissões competentes.”
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[tab title=”Justificativa”]
O objetivo principal da apresentação desse projeto é a necessidade de que os testes para diagnósticos precoces da encefalopatia crônica não progressiva da infância sejam realizados obrigatoriamente devido ao fato de quando sejam realizados tardiamente as crianças saem da maternidade com PC severa sem diagnóstico, perdendo a chance de iniciar tratamentos importantes que as levarão a uma vida mais saudável e incluída no dia a dia das famílias.
De uma maneira geral, no desenvolvimento motor normal, até o terceiro mês a criança deve ter um bom controle da cabeça e colocar as mãos à frente dos olhos; entre o quarto e quinto mês deve rolar o corpo; do sexto ao sétimo mês, sentar sem apoio; do oitavo ao nono, engatinhar; do décimo ao undécimo, ficar em pé, e entre 12 e 16 meses deve caminhar.
Cada movimento que fazemos é resultado do acúmulo de informações sensoriais e respostas motoras que o cérebro adquiriu durante sua fase de maturação (o cérebro não entende nada de músculos, mas de movimentos, quando a criança começa a levar as mãozinhas, uma duas vezes à frente dos olhos o cérebro, automatiza o movimento, acontecendo assim com o levantar da cabeça, o rolar do corpo, o sentar, levantar e andar). Todas essas informações são recebidas, interpretadas e armazenadas pelo cérebro e quando houver necessidade, estarão prontas para serem usadas.
A criança começa a ter consciência do próprio corpo e da integração deste com o meio ambiente, seu cérebro vai sendo estimulado e evoluindo e a criança pode controlar seus movimentos.
No desenvolvimento motor da criança com PC, a lesão interfere na sequência de desenvolvimento. Os sintomas de retardo motor são seguidos, cedo ou tarde, pelo aparecimento de padrões anormais de postura e movimento, em associação com o tônus postural anormal, com o gradual aparecimento da atividade.
O bebê com PC não desenvolve o tônus postural contra a gravidade (não consegue colocar as mãozinhas a frente dos olhos, não levanta a cabecinha, não senta etc.) como acontece com uma criança normal, porém desenvolve atividade postural anormal que de fato faz com que seu corpo não vença a força da gravidade.
Não se pode esperar que a criança PC reaja por conta própria aos estímulos do meio ambiente, principalmente por não ter condições sensório-motoras para isso. A falta de estímulos não possibilitará que essa criança atinja todos os seus potenciais possíveis.
Essa dificuldade de movimento que a criança apresenta significa a perda de oportunidades de vivenciar posições diferentes e variedades de movimentos, o que representará um atraso na sua maturação cerebral e com certeza uma maior dificuldade em seu desenvolvimento motor futuramente.
Por isso na paralisia cerebral severa quanto mais cedo for diagnosticado mais cedo se iniciará a estimulação precoce que tem como objetivo fazer com que a criança através do manuseio e posicionamento perceba seu corpo e a partir daí tenha possibilidade de interagir com o ambiente, tendo mais chances de desenvolver o máximo do seu potencial.
A diferença de um tratamento tardio para um precoce é que quando se inicia tarde a estimulação (depois de 1 mês), o bebê já tem deformidades instaladas e reflexos que poderiam ser inibidos com a estimulação precoce, porém permanecem atrapalhando o desenvolvimento de uma coordenação motora adequada.
Este projeto foi produzido com a colaboração de Gabriel Meninel a quem agradeço imensamente.
Diante de tão importante e simples ação a ser implantada nos hospitais da cidade bem como dos grandes benefícios que trará a população e, principalmente, com investimento mínimo do Poder Público Municipal, conto com meus Nobres Pares para a imediata aprovação desta proposta.
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PL 472/2013
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[tab title=”Projeto de Lei”]

PROJETO DE LEI 01-00472/2013 do Vereador Floriano Pesaro (PSDB)
“Estabelece diretrizes para a Política Municipal de Segurança na Noite, e. dá outras providências.”
A Câmara Municipal de São Paulo DECRETA:
CAPÍTULO 1
OBJETIVOS E CONCEITOS
Art. 1º O Poder Público Municipal, quando da formulação e realização da Política Municipal de Segurança na Noite, se pautará pelas diretrizes estabelecidas na presente lei, tendo sempre por foco principal ações e atividades necessárias à proteção dos direitos fundamentais, sociais e de segurança pública previstos na Constituição Federal.
Art. 2º Para os efeitos desta lei, considera-se noite o horário entre 20:00h e 6:00h.
Art. 3º A criação e implementação de planos e programas para a Segurança na Noite dar-se-á com a observância do disposto nesta lei, bem como nas demais legislações pertinentes.
Art. 4º São objetivo da Política Municipal de Segurança na Noite:
I – a segurança pública;
II – aumento e melhoria da iluminação pública;
III – iluminação adaptada à arborização;
IV – substituição de lâmpadas vapor de mercúrio (luz branca) por lâmpadas a vapor de sódio (luz amarelas);
V – prioridade de iluminação nas calçadas;
VI – instalação de sistema de iluminação a LED;
VII – implantação de sistema de monitoramento e gestão remota da iluminação pública;
VIII – estrutura de iluminação antivandalismo e antifurto de cabos de energia;
IX – instalação de sistema de monitoramento e gestão de som e imagem;
X- instalação do sistema “No-Break” nos semáforos;
XI – aumento de câmeras de monitoramento urbano;
XII – melhoria do acesso viário;
XIII – remoção de obstáculos à visibilidade local;
XIV – ocupação de bens imóveis;
XV – investimento prioritário no transporte público;
XVI- reurbanização ou revitalização de áreas degradadas na cidade;
XVII – criar uma comissão de assessoramento para a identificação dos pontos de concentração de desordem e crime e atividades noturnas legais que estão associadas a esses problemas.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E DAS DIRETRIZES
Art. 5º São princípios da Política Municipal de Segurança a Noite:
I – direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade;
II – preservação da ordem pública e respeito ao sossego;
III – proteção contra discriminação de qualquer natureza;
IV- acesso aos bens públicos;
V – poder de polícia municipal voltado a:
a) fortalecimento da fiscalização em áreas públicas e privadas;
b) fiscalização intensa em espaços de lazer, como danceterias, casas de show, bares e similares;
c) ação integrada dos órgãos da Prefeitura com órgãos estatais e federais;
d) cancelamento de licença de estabelecimento comercial que reiteradamente prejudique o sossego público;
e) combate ao abandono de imóveis;
f) controle do paisagismo urbano.
Art. 6º São diretrizes da Política Municipal de Segurança na Noite, entre outras possíveis e necessárias à priorização da iluminação pública:
I – promoção da qualidade de vida dos cidadãos;
II – promoção de produções culturais;
III – o funcionamento de equipamentos culturais em horário noturno;
IV – ampliação do horário de atendimento para ‘o transporte público;
V – ampliação da frota de táxi em horário noturno e incentivo para diminuição do custo;
VI – o incentivo a mobilidade humana;
VII – a acessibilidade nas calçadas;
IX – articulação e integração do sistema de monitoramento público com o monitoramento privado de câmeras em vias públicas;
X – políticas urbanas voltadas para uma cidade segura e iluminada;
Xl – construção de alianças e parcerias entre o Poder Público e os diversos setores da sociedade para a garantia efetiva de uma cidade segura e iluminada;
XII – campanha educativa e divulgação e conscientização de políticas voltadas ao combate a drogadição, para o público em geral, em especial:
a) informação sobre os riscos ocasionados pelo consumo de drogas e bebidas alcoólicas;
b) esclarecimento do público em geral, pessoas físicas e jurídicas, sobre as formas de apoio aos programas e projetos voltados à segurança pública;
c) utilização dos modernos meios de comunicação, públicos ou privados, tais como folders, cartilhas educativas, mídia digital, mídia eletrônica, rádio, televisão e outras mídias, inclusive alternativas, observada a legislação pertinente sobre a matéria;
d) realização de audiências públicas, seminários, palestras, cursos e reuniões voltados para participação da comunidade em ações preventivas;
XIII – monitorar, avaliar e acompanhar os resultados das campanhas de que trata a presente lei;
XIV – descentralização político-administrativa dos programas, projetos, serviços e benefícios de atenção à Segurança na Noite.
XV – participação da sociedade por meio de suas organizações representativas;
XVI – planejamento de ações a curto, médio e longo prazos, com metas exequíveis, objetivos claros, aferição de resultados e garantia de continuidade, a serem definidas pelo Poder Executivo.
CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO E DA GESTÃO
Art. 7º Compete aos órgãos municipais responsáveis pela formulação e coordenação das políticas públicas de segurança urbana, coordenar a Política Municipal de Segurança na Noite, especialmente:
I – executar, acompanhar e avaliai a Política Municipal de Segurança na Noite;
II – implementar ações governamentais, promovendo as articulações entre órgãos municipais, e entre estes e os conselhos comunitários de segurança, necessárias à implementação da Política Municipal em questão;
III – elaborar proposta orçamentária no âmbito da promoção de uma cidade segura.
Parágrafo único. As secretarias municipais de Segurança Urbana, Desenvolvimento Urbano, lnfraestrutura Urbana e Obras, Coordenação das Subprefeituras, Executiva de Comunicação, Planejamento, Orçamento e Gestão, Transportes, Cultura, Verde e Meio Ambiente’ e demais secretarias e órgãos municipais que promovam ações Voltadas para a segurança urbana, transversalmente, deverão elaborar proposta orçamentária, no âmbito de sua competência, visando ao financiamento de programas compatíveis com a Política Municipal de Segurança na Noite.
CAPÍTULO IV
DAS AÇÕES GOVERNAMENTAIS GERAIS E ESPECÍFICAS
Art. 8º O Poder Público Municipal buscará como objetivo e meta• Iara a implementação da Política Municipal de Segurança na Noite na área de Segurança Urbana, entre outras possíveis e- necessárias para o combate a criminalidade:
I – ampliar a fiscalização no espaço público em horário noturno;
II – integrar o controle do espaço público com as políticas sociais que direta ou indiretamente interfiram nos assuntos de Segurança Pública;
III – promoção de ação conjunta entre a Guarda Civil Metropolitana, a polícia civil, militar e os Conselhos Comunitários de Segurança para subsidiar o mapeamento dos principais pontos onde ocorram crimes na cidade;
IV – garantia da segurança dos munícipes nos espaços públicos, culturais e de lazer;
V – manutenção dos treinamentos e monitoramentos com a Guarda Civil Metropolitana, sobre as questões relacionadas a segurança pública;
VI – promoção da proteção escolar, com foco de propiciar aos professores, alunos, pais e a outros agentes, um ambiente escolar seguro para a construção do conhecimento e das relações pessoais;
VII – promoção de ações voltadas para a padronização e sistematização dos dados para análise dos índices de vulnerabilidade das Unidades Educacionais de cada região;
VIII – promoção de política de combate às ocupações irregulares;
IX – promoção de política para a proteção dos bens públicos e privados, em todo o município por meio do sistema de rondas periódicas noturnas, com policiamento fixo efetivo em áreas vulneráveis;
X – promoção de campanhas permanentes de divulgação e orientação aos munícipes sobre prevenção e conscientização da importância da participação direta da comunidade na busca da resolução de problemas e conflitos;
XI – oferecer incentivo à produção e à divulgação de pesquisas voltadas para a segurança pública;
XII – promover debates públicos sobre a qualidade da mídia voltada para a segurança pública, com foco no compromisso das emissoras divulgarem ações preventivas.
Art. 9º O Poder Público Municipal buscará como objetivo e meta, para a implementação da Política Municipal de Segurança na Noite na área do meio ambiente para o completo bem-estar físico, mental e social, entre outras possíveis e necessárias para garantia da segurança nas vias públicas, parques, praças e…
I – Plano Municipal de Plantio, Manutenção, Poda e Remoção de Exemplares Arbóreos, voltado a segurança e:
a) ao controle do paisagismo, por meio do tutoramento das raízes e da poda correta evitando interferências com a iluminação e conservação das calçadas;
b) as ações integradas dos órgãos da Prefeitura para a adaptação ao sistema de iluminação;
c) a iluminação adaptada à arborização, para evitar sombras e ausência de luminosidade;
d) cadastrar o patrimônio de áreas verdes de modo qualitativo .e quantitativo;
e) a desenvolver e aplicar métodos e procedimentos que possibilitem a sua administração;
f) a poda de galhos abaixo de 2,10 metros para facilitar a visibilidade e iluminação, e evitar a depredação, esconderijos e emboscadas;
g) a desenvolver e aplicar métodos de acompanhamento habilitado de plantio e poda de árvores;
h) ao controle de matagais, em áreas urbanas;
II – promover a requalificação dos passeios públicos;
III – promover a conservação e manutenção da arborização urbana, especialmente em parques, praças e vias públicas;
Art. 10. O Poder Público Municipal buscará como objetivo e meta para a implementação da Política Municipal de Segurança Urbana na área de Coordenação das Subprefeituras, Desenvolvimento e Infra-estrutura Urbana, e Transportes, entre outras possíveis e necessárias para o planejamento nos bairros voltados para uma cidade segura:
I – promoção de ações e políticas voltadas a identificar:
a) áreas carentes de iluminação;
b) reurbanização e revitalização de áreas degradadas;
c) melhoria do acesso viário;
d) eliminação de becos, fechados ou estreitos;
e) remoção de obstáculos á visibilidade local;
f) monitoramento de vias públicas, parques e praças;
II – ações voltadas para a ocupação da parte inferior de viadutos, com atividades de atendimento social, esportivas, de reciclagem, do terceiro setor, organizações sociais, cooperativas, estacionamento, comércio e outros;
III – incentivo para a implantação de obras de melhoria do sistema viário e/ou sinalização de trânsito, nas vias sob circunscrição municipal, Traffic Calming ou Moderação de Tráfego;
IV – incentivo a mobilidade, humana;
V – verificar e estudar quando houver alterações no desenho urbano, o impacto de vizinhança em conjunto com a segurança pública;
VI – articular programas de segurança pública com os realizados por organizações não governamentais;
VII – controle e fiscalização intensificada da poluição sonora no período noturno;
VIII – atenção especial para reparo e reformas em calçadas com maior fluxo de pessoas.
IX – regulamentar os horários de venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos que funcionam em turnos ininterruptos diariamente:
X – estabelecer licença específica para a venda de bebidas alcoólicas com a criação de estrutura de preço e fiscalização das licenças, e mapear a distribuição dos pontos de oferta de álcool;
Xl – estabelecer um zoneamento para as atividades noturnas que preveja a diversidade de interesses, o seu impacto econômico e as características do bairros;
Art. 11. O Poder Público Municipal buscará como objetivo e meta para a implementação da Política Municipal de Segurança na Noite na área de Serviços, entre outras possíveis e necessárias para a modernização e promoção da remodelação da rede de iluminação pública:
I – estudar, planejar, projetar, programar e controlar a iluminação pública;
II – estabelecer o Plano de Gestão Integrada de Iluminação Pública, voltado a:
a) substituição de materiais com alto gasto energético por equipamentos tecnológicos de última geração;
b) permutação de lâmpadas;
c) substituição de sinalização semafórica, por sistemas que utilizam diodo emissores de luz (LED);
d) expansão de pontos de luz;
e) promoção de incentivos e investimentos em redes enterradas;
f) fixar prazo para a instalação de Sistema Remoto de Monitoramento e Gestão, para controle e aperfeiçoamento do sistema de manutenção e planejamento estratégico de iluminação na cidade.
g) definir prazo para a instalação de equipamento eletroeletrônico nos semáforos, que permite o fornecimento de energia ininterrupta, aos equipamentos, mesmo na ausência de energia proveniente da rede elétrica.
h) estabelecer prazo para a instalação de Sistema de Monitoramento de Som e Imagem;
Art. 12. O Poder Público Municipal buscará como objetivo e meta para a implementação da Política Municipal de Segurança na Noite nas áreas da cultura e turismo, entre outras possíveis e necessárias para a promoção da diversidade cultural e do turismo:
I – incentivo a apresentação artística nas ruas, parques e praças, respeitando os limites estabelecidos pela Lei nº 11.501 de 1994, alterada pelas leis nº 11.631/1994, e nº 11.986/1996, que tratam sobre o controle da fiscalização das atividades que gerem poluição sonora;
II – política municipal de incentivo a apresentação artística e cultural;
III – promoção de descentralização da cultura para áreas socialmente vulneráveis;
IV – incentivo a elaboração de Plano de Cultura em equipamentos públicos em horário noturno.
V – promoção de incentivo a criação de novos polos culturais;
VI – incentivo a divulgação dos eventos culturais em horários noturno, atividades, ações de turismo, esportes e lazer, inclusive por material gráfico e internet, incluindo sites e redes sociais específicos de promoção a cultura e o turismo.
VII – estabelecer metas para garantir uma cota dos projetos culturais para as áreas socialmente vulneráveis.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 13. O Poder Público Municipal levará em consideração para a efetivação da Política Municipal de Segurança na Noite:
I – criação do Programa Segurança na Noite;
II – apresentar o Plano de Gestão Integrada de Iluminação Pública;
III – apresentar o Plano Municipal de Plantio, Manutenção, Poda e Remoção de Exemplares Arbóreos;
IV – Plano de Cultura para equipamentos públicos em horário noturno;
V – estabelecer instrumentos legais no Plano Diretor da cidade que assegure espaços públicos voltados às necessidades e características de uma cidade segura, com infra-estrutura adequada, em ruas, praças, parques, instituições de – educação, áreas de lazer, e outros;
IV – determinar em projetos de loteamentos a reserva de espaços próprios para equipamentos sociais que atendam aos direitos e garantias fundamentais, previstos no art. 5º da Constituição Federal.
V – incentivar à realização de atividades ao ar livre nos bairros, vilas, comunidades ou áreas de escassas oportunidades e espaços de lazer, com observância da Lei nº 11.501 de 1994, alterada pelas leis nº 11.631/1994, e nº 11.986/1996, que tratam sobre o controle da fiscalização das atividades que gerem poluição sonora;
Art. 14. O foco de todas as iniciativas tomadas com base nas diretrizes estabelecidas nesta lei deverá ser a ação preventiva e o combate à:
I – criminalidade;
II – violação de direitos fundamentais com impacto no desenvolvimento social;
III – homicídios;
IV- roubo;
V- lesão corporal;
VI – imobilidade humana;
VII – exclusão social;
VIII – crianças e adolescentes engajadas nas piores formas de trabalho infantil, especialmente nas atividades vedadas pela Constituição Federal ou em situação de rua, de inserção no tráfico de drogas e de exploração sexual, ou, ainda, em outras descritas na legislação pertinente;
IX – instabilidade emocional e nas relações sociais;
Art. 15. A Política Municipal de Segurança na Noite deverá ser desenvolvida conjuntamente pelas secretarias municipais de Segurança Urbana, Desenvolvimento Urbano, lnfraestrutura Urbana e Obras, Coordenação das Subprefeituras, de Serviços, Transportes, Cultura, Verde e Meio Ambiente com contribuição das demais secretarias.
Parágrafo único. A Política Municipal de Segurança na Noite ora instituída efetivar- se-á por meio de ações voltadas para a promoção da segurança pública e à reconstrução de vínculos comunitários, com o envolvimento da sociedade no processo, visando à uma cidade justa, humana, e solidária.
Art. 16. As instituições da sociedade civil organizada e as entidades públicas de todas as esferas de governo poderão contribuir com sugestões, informações e recursos humanos e materiais para a plena consecução dos objetivos visados nesta lei através da celebração de convênios, acordos e parcerias com o Poder Público Municipal.
Art. 17. O Programa Segurança na Noite previsto no inciso I, do art. 13, deverá ser formulado pelo Poder Executivo no prazo máximo de um ano contado da publicação desta lei.
Art. 18. O Plano de Gestão Integrada de Iluminação Pública previsto no inciso II do art. 13, deverá ser formulado pelo Poder Executivo no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias contado da publicação desta lei.
Art. 19. O Plano Municipal de Plantio, Manutenção, Poda e Remoção de Exemplares Arbóreos previsto no inciso III, do art. 13 deverá ser formulado pelo Poder Executivo no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias contado da publicação desta lei.
Art. 20. O Plano de Cultura para equipamentos públicos em horário noturno previsto no inciso IV, do art. 13 deverá ser formulado pelo Poder Executivo no prazo máximo de um ano contado da publicação desta lei.
Art. 21. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão dotações por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.
Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, Às Comissões competentes.”
FLORIANO PESARO
Vereador – PSDB
LEI
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[tab title=”Justificativa”]
O presente projeto de lei estabelece diretrizes para a Política Municipal de Segurança na Noite, com princípios, ações, objetivos e metas para a criação de programas e planos estruturados para a constituição de uma cidade segura, e voltada para a proteção dos direitos fundamentais, sociais e de segurança pública previstos na Constituição Federal.
A importância de implementarmos essa política municipal está ligada a ideia do desenvolvimento urbano sustentável planejado e voltado para atender o direito de ir vir da população de nossa cidade. Com uma política pública de segurança, teremos uma ação eficaz e conjunta com o Estado para o enfrentamento à violência e combate à criminalidade em São Paulo.
A Política Municipal de Segurança na Noite objetiva o estabelecimento de um novo instrumento de gestão que induza, a médio e longo prazos, uma cidade mais segura, iluminada, e estruturada para a mobilidade humana e o desenvolvimento local.
A violência é um dos temas que mais afligem o brasileiro ultimamente, O país registra estatísticas de homicídios altas, a violência se espalha cada vez mais entre os nossos jovens e dentro do município.
Segundo o estudo elaborado em julho de 2009, por Leandro Piquet Carneiro, para o Centro de Liderança Pública, o prolongamento dos horários de funcionamento das atividades de lazer e de funcionamento de estabelecimentos comerciais cria uma série de novos problemas para o poder público. O aumento do número de episódios de perturbação da ordem e do sossego é um dos principais problemas que têm surgido no debate sobre a regulamentação das atividades noturnas. 1
Entre os principais problemas gerados pelo aumento de atividades na noite, está o aumento do risco de vitimização. Conforme a pesquisa realizada, 15% dos crimes e infrações ocorrem no período de tempo entre 0:00h e 6:00h, sendo que alguns crimes ocorrem nesse período, como ocorre com o roubo de veículos (61% das ocorrências no período citado) é perturbação do sossego (26% de registros). 2
A pesquisa do autor teve por base cidades como Amsterdã, Nova York e Grã Bretanha, e as medidas tornadas pelo Governo para enfrentar a criminalidade em determinadas regiões da cidade com alto índice de violência. Após análise dessas medidas, sugeriu como alternativa a proposta da “Lei da Noite”, combinada com o princípio do gradualismo regulatório com uma estratégia de monitoramento e avaliação. 3
Assim, pensando no princípio do gradualismo combinado com a estratégia de monitoramento o autor apresentou como proposta:
a. Organizar uma comissão de assessoramento com representantes da PM, PC, GM, Universidades e órgãos de planejamento da prefeitura com vistas a produzir um estudo com a identificação dos pontos de concentração de desordem e crime e as atividade noturnas legais que estão associadas a esses problemas.
b. Regulamentar os horários de venda de álcool em estabelecimentos que funcionam em um regime de “24/7” como supermercados e postos de gasolina, entre outros.
c. Criar uma Lei estabelecendo a exigência de uma licença específica para a venda de álcool e criando uma estrutura de preço e fiscalização dessas licenças. Esse tipo de legislação existe em várias cidades do mundo. Em Boston, por exemplo, o número de licenças e o valor das licenças só podem ser alterados por decisão do “City Council” ou por referendo popular. Após a efetivação do sistema de licenças será possível obter-se um mapeamento de como estão distribuídas as licenças e qual a contribuição específica de determinados estabelecimentos para os episódios de desordem e perturbação do sossego em determinada área, na medida em que teremos um quadro mais claro da distribuição dos pontos de oferta de álcool.
d. Concomitante ao licenciamento para a venda de álcool será possível também propor um zoneamento das atividades noturnas que leve em conta a diversidade de interesses, o impacto econômico e as características dos bairros da cidade. 4
Dessa forma, percebemos a importância de pensarmos numa Política Municipal de Segurança na Noite combinada com a atividade existente nesse período.
Ao longo de todo o ano de 2012 e primeiro semestre de 2013, expressões corno “onda” ou “escalada” de violência tomaram conta dos noticiários na cidade, aumentando a sensação de insegurança da população paulistana.
Constantemente os meios de comunicação reportam notícias sobre a precariedade da sinalização e iluminação na cidade, em razão da falta de energia elétrica nos equipamentos públicos.
Cada localidade, do município de São Paulo tem problemas específicos, com dinâmicas próprias. Entender esses fenômenos é o primeiro passo para desenvolver políticas mais adequadas e com impacto sobre os índices de criminalidade.
Segundo os dados disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, em 2012, parece ter sido atípico, sobretudo com relação aos homicídios, que aumentaram após longos períodos de queda, sendo possível reverter esse quadro, como rever as prioridades da política de segurança, e o papel do Município na criação de políticas públicas voltadas a segurança do cidadão, desenvolvendo ações focadas nas localidades prioritárias.
Neste sentido, o estudo realizado pelo Instituto Sou da Paz, denominado Prisões em flagrantes na cidade de São Paulo, que realiza um olhar mais aprofundado sobre as prisões em flagrantes, buscando o perfil das pessoas presas e os delitos cometidos por ela, é possível verificar a prevalência significativa de baixa escolaridade entre os presos, e que a maioria dos delitos ocorre no período da tarde, entre 12h00 e 18h00, e na primeira metade do período noturno, entre 18h00 e 00h00.
A importância da participação do município se dá no investimento de políticas públicas de desenvolvimento urbano, na criação de ambientes mais seguros em que o crime tenha menos facilidade para ocorrer, e assim, evitar a somatória de fatores que favorecem os delitos, como o ambiente favorável para a criminalidade, agente motivado/infrator e uma vítima/alvo. 5
A Prevenção Social do Delito propõe algumas premissas de estratégias ,básicas para a orientação do desenho urbano, algumas delas são: a vigilância natural e o controle e o acesso. 6
A vigilância natural consiste no fato de que o desenho urbano deverá dar ao infrator a sensação de que ele está sendo observado, e que o risco de ser capturado é alto. O espaço deve ser organizado de maneira que a iluminação pública não deixe na rua pontos de redução de visibilidade. 7
A redução da visão proporciona uma facilidade para a ação do delinquente. Um local iluminado possibilita que os próprios moradores façam o papel de vigilantes naturais, aumentando assim a segurança do bairro. 8
O controle e o acesso se referem à maneira como é controlada o acesso e a permanência de pessoas em um determinado espaço urbano. Uma vez que existe a indefinição de tempo no local, há uma predisposição para a ação de infratores, visto que a maioria permanece um longo espaço de tempo em uma área analisando e escolhendo seu alvo. 9
A partir dos estudos analisados, compreendemos que a iluminação pública e mais pessoas nas vias públicas, são inibidoras naturais do comportamento delitivo. Desse modo, é necessário priorizarmos a iluminação para as calçadas, e adaptadas à arborização e discutir de modo imprescindível, a segurança, na revisão do Plano Diretor da Cidade e na criação de novas políticas públicas.
Destaca-se, dentre as condições necessárias para a implementação desta política, o comprometimento com a redução das desigualdades regionais entre zonas e regiões vulneráveis e mais desenvolvidas da cidade; o interesse em reduzir a pressão demográfica sobre as grandes localidades; a sensibilidade ambiental e o comprometido das políticas públicas, com o desenvolvimento local e a segurança pública.
A Política Municipal de Segurança na Noite tem como uma de suas finalidades promover o desenvolvimento de sistemas eficientes de iluminação pública e sinalização semafórica, contribuindo para valorizar o espaço público, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e a segurança nas cidades.
Dessa forma, é necessário implantarmos sistema de monitoramento e gestão remota da iluminação pública, estrutura de iluminação antivandalismo e antifurto de cabos de energia, instalação de sistema de monitoramento e gestão de som e imagem, instalação do sistema “No-Break” nos semáforos aumentar as câmeras de monitoramento urbano, entre outros mecanismos necessários para o enfretamento da violência.
Com a instalação de um sistema de monitoramento e gestão remota de iluminação pública, a administração pública poderá ter um controle mais eficiente e econômico na substituição de lâmpadas, por indicar com efetividade os pontos com ausência de luz.
O sistema de som e imagem se aplicados no município de São Paulo, pode reduzir pela metade o número de mortes na cidade e promover a melhoria da atividade policial, lima vez que será possível identificar sons emitidos por armas de fogo.
O sistema já está em funcionamento numa cidade do Sul do Brasil, as câmeras espalhadas pela cidade, são responsáveis por captar todos os movimentos e sons.
Os sons provenientes de armas de fogo são captados pelos sensores das câmeras de vigilância, e enviados à Central de Monitoramento, em menos de 20 segundos. O sistema consegue diferenciar sons de fogos de artifícios, escapamentos de carro e tiros, além disso, indica o ponto onde foi feito o disparo. As câmeras possibilitam a indicação das características do infrator, fisionomia do infrator, roupas, e até mesmo o local por onde passou após o incidente.
São investimentos altos, porém necessários, que fará com que a cidade de São Paulo tenha umas das políticas mais efetivas de segurança do país, são desafios como este, que requerem seriedade e efetividade na criação de programas.
O dispositivo denominado No-break é um equipamento eletroeletrônico conhecido fora do Brasil como UPS, cuja principal função é fornecer energia ininterrupta aos equipamentos, mesmo na ausência total de energia proveniente da rede elétrica.
O sistema no-break também atua na diminuição do risco de prejuízos com descargas elétricas, aumenta o tempo de vida útil dos equipamentos e, se for inteligente, gerência o sistema do usuário, por gerar relatórios de eventos e permitir o monitoramento remoto e a execução de ações a distância.
Assim, com o estabelecimento de um Plano de Gestão Integrada de Iluminação Pública, com prazos e metas, para a modernização de sinalização semafórica e de lâmpadas na cidade, além de contribuir para a segurança, iremos contribuir para a valorização histórica e cultural do município, e principalmente para o controle da atividade fiscalizadora da polícia diante dos furtos que ocorrem no período noturno.
A estrutura de iluminação, com a troca de lâmpadas a vapor de mercúrio (luz branca) por lâmpadas de vapor de sódio (luz amarelada), irá favorecer o meio ambiente, gerar uma economia (pela longa durabilidade que possuem), e iluminar até três vezes mais que as lâmpadas de mercúrio.
A melhoria da iluminação pública favorecerá o trafego de pessoas ha ruas, o turismo, o comércio e o lazer noturno, além de contribuir para o planejamento urbano, o desenvolvimento social e econômico da população.
Muitas prefeituras no mundo resolveram problemas crônicos de criminalidade com projetos de revitalização de áreas públicas. A revitalização do espaço urbano está diretamente ligada com os índices de criminalidade, há uma necessidade de melhoria do acesso viário, a eliminação de becos fechados e/ou estreitos, dos denominados “cantos mortos”, e a remoção de obstáculos à visibilidade local, revitalização de áreas degradadas, assim como podar árvores e arbustos que possam gerar esconderijos. 10
A dificuldade de acesso da população a alguns locais é usada de forma estratégica por criminosos, principalmente traficantes de drogas, para dificultar as ações da polícia. Vias que permitam pelo seu traçado, um campo de visão mais amplo (ruas retas), geram insegurança em infratores, pois além de serem vistos mais facilmente, o patrulhamento e as chegadas rápidas da polícia, quando acionada, são muito mais efetivos. 11
Outro ponto a ser abordado pela Política Municipal de Segurança na Noite é a poluição sonora, e a necessidade de intensificar o controle das atividades realizadas em período noturno.
A população da cidade de São Paulo, a maior cidade da América Latina, sofre diuturnamente com os transtornos causados pela poluição sonora. Não falamos de um mero problema de desconforto acústico ou incômodo momentâneo, mas de ruídos indesejáveis, desagradáveis e perturbadores, que causam deterioração na qualidade de vida, principalmente quando acima dos limites suportáveis pelo ser humano ou prejudiciais ao sossego público.
Dessa forma, é necessário estabelecer como meta para a política urbana a ser executada pelo Poder Público Municipal, ordenar o pleno do desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes.
Apesar do crescimento desordenado dos grandes centros urbanos, não se justifica mantê-lo sem compatibilizar a qualidade de vida, o meia ambiente e o desenvolvimento socioeconômico.
Observa-se que os ruídos impactam na vida dos habitantes dos centros urbanos e são responsáveis por inúmeros outros problemas como a redução da capacidade de comunicação, perda ou diminuição da audição, do sono, distúrbios neurológicos, cardíacos, circulatórios é gástricos. Essas consequências, no entanto, nem sempre são percebidas num curto prazo, mas se arrastam ao longo do tempo, notadas quando causam danos graves aos indivíduos.
Diante da gravidade e complexidade, a poluição sonora passou a ocupar a. agenda mundial, sendo considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), uma das três prioridades ecológicas para a próxima década.
Numa cidade com as dimensões de São Paulo, muitas são as fontes de poluição sonora, o que se torna objeto de preocupação do Poder Público e da coletividade, em especial no equacionamento dos interesses ditos individuais e coletivos.
Assim, cabe ao Poder Executivo Municipal ter instrumentos jurídicos próprios para fiscalização, atuando com rigor no exercício de seu poder de polícia e na implementação de políticas alinhadas a segurança pública.
Por tudo isto, apresentamos essa proposta como uma legislação inovadora que assegure os direitos dos munícipes e que possibilite o poder público desempenhar sua função de garantidor de direitos fundamentais.
Estamos diante de um problema grave, a segurança pública, que gera para o poder público o dever e o compromisso com ações que possam prevenir ou, até mesmo, reprimir a violência, comprometendo-se coma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e das gerações futuras.
É de extrema importância realizarmos campanhas educativas com foco na prevenção e combate a violência. Temos como objetivo fortalecer o compromisso da sociedade, mobilizando todos para o desenvolvimento da cidade.
É neste sentido que se coloca a relevância deste Projeto Lei, como medida de alto interesse público, que enfatiza a necessidade de um abordagem integrada e articulada entre a sociedade, o Município e o Estado, buscando alianças e parcerias, na efetivação da segurança e proteção dos direitos fundamentais.
Expostas as razões de minha iniciativa submeto o assunto a essa Casa de Leis e solicito o apoio dos Nobres Vereadores para a sua aprovação.
1 CARNEIRO, Leandro Piquet. Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas e Departamento de Ciência Política, da Universidade de São Paulo. A “Lei da Noite”: Elementos para a formulação de uma Lei municipal em São Paulo; página 1.
2 CARNEIRO, Leandro Piquet. Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas e Departamento de Ciência Política, da Universidade de São Paulo. A “Lei da Noite”: Elementos para a formulação de uma Lei municipal em São Paulo; página 2.
3 CARNEIRO, Leandro Piquet. Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas e Departamento de Ciência Política, da Universidade de São Paulo. A “Lei da Noite”: Elementos para a formulação de uma Lei municipal em São Paulo;
4 CARNEIRO, Leandro Piquet. Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas e Departamento de Ciência Política, da Universidade de São Paulo. A “Lei da Noite”: Elementos para a formulação de uma Lei municipal em São Paulo; página 9.
5 LUIZ BONDARUK, Robson. Cartilha: “NOSSOS MUNICÍPIOS MAIS SEGUROS: O papel do município na segurança do Cidadão “;www.antidelito.net.
6 LUIZ BONDARUK, Robson. Cartilha: “NOSSOS MUNICÍPIOS MAIS SEGUROS: O papel do município na segurança do Cidadão “;www.antidelito.net.
7 LUIZ BONDARUK, Robson. Cartilha: “NOSSOS MUNICÍPIOS MAIS SEGUROS: O papel do município na segurança do Cidadão “;www.antidelito.net.
8 LUIZ BONDARUK, Robson. Cartilha: “NOSSOS MUNICÍPIOS MAIS SEGUROS: O papel do município na segurança do Cidadão “;www.antidelito. net.
9 LUIZ BONDARUK, Robson. Cartilha: “NOSSOS MUNICÍPIOS MAIS SEGUROS: O papel do município na segurança do Cidadão “;www.antidelito.net.
10 LUIZ BONDARUK, Robson. Cartilha. “NOSSOS MUNICÍPIOS MAIS SEGUROS: O papel do município na segurança do Cidadão ;“www.antidelito.net.
11 LUIZ BONDARUK, Robson. Cartilha: “NOSSOS MUNICÍPIOS MAIS SEGUROS: O papel do município na segurança do Cidadão “,www.antidelito.net.
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