SITE CÂMARA- Pilotos e personalidades do Kart paulistano são homenageados na Câmara

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Maneco Combacau, à esquerda do vereador Floriano Pesaro, foi um dos homenageados da noite      Foto: André Bueno / CMSP
JELDEAN SILVEIRA
DA REDAÇÃO

Pilotos e personalidades representativas do Kart paulistano foram homenageados em uma Sessão Solene realizada na noite desta quarta-feira (1/10), na Câmara Municipal, por iniciativa do vereador Floriano Pesaro (PSDB).

O kartismo foi criado nos Estados Unidos nos anos 50, após a Segunda Guerra Mundial, por pilotos de aviões interessados em inventar um esporte para o tempo de folga. No Brasil, começou a ser praticado na década de 60.

Entre os homenageado da noite estava Paulo Manoel Combacau, o ‘Maneco Combacau’, um dos pilotos brasileiros pioneiro na modalidade. Ele participou da primeira prova brasileira de kart, em 13 de agosto de 1960, no loteamento que deu origem mais tarde ao bairro Jardim Marajoara, zona sul da capital.

Maneco disse estar honrado pela homenagem vinda de uma modalidade que, para ele, é a porta de entrada do automobilismo e que contribuiu muito para formação de muitos pilotos brasileiros. O homenageado deixou um recado para nova geração. “Eu acho que eles devem levar a sério e se esforçar bastante, porque o kart é muito competitivo. Os jovens que estão começando já recebem tudo pronto, no nosso tempo tínhamos que dar conta até da mecânica dos carros. Hoje em dia é uma maravilha”, disse.

Foi homenageado ainda o ex-piloto Wilson Fittipaldi, irmão do bicampeão de F-1 Emerson Fittipaldi, entre outros. Os homenageados ainda assistiram durante o evento ao trailer do documentário ‘Kart- História de Campeões’, do cineasta Pedro Rodrigues, que resgata a história do kartismo nacional através de depoimento de grandes pilotos como Emerson Fittipaldi, Augusto Ribas, Maneco Combacau, Carol Figueiredo, Lúcio Pascoal Gascon e outros.

O proponente da solenidade, vereador Floriano Pesaro (PSDB), autor da Lei 16.053, que insere no Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo o Campeonato Paulista de Kart, destacou a importância que o esporte tem para a economia nacional. “O automobilismo é sim um esporte não só competitivo para o Brasil, mas também que movimenta milhões de reais. Deveria ter um olhar especial do governo para manter a chama que o Airton Senna deixou para todos nós”, afirmou.

VEJA SÃO PAULO- Câmara prevê mais subsídio para manter preço de tarifa de ônibus

A manutenção da tarifa do ônibus a R$ 3,00 vai exigir uma suplementação do subsídio pago às empresas do transporte coletivo previsto pelo prefeito Fernando Haddad (PT) na proposta orçamentária de 2015. Para manter a passagem congelada no próximo ano, representantes da Comissão de Finanças da Câmara afirmam que o repasse reservado, de R$ 1,4 bilhão, deverá ser elevado para ao menos R$ 2 bilhões.

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“Só assim o sistema não vai quebrar. Se quiser manter a tarifa a R$ 3, o governo precisará colocar R$ 2,2 bilhões para as viações e cooperativas”, disse Milton Leite (DEM), que é presidente da Comissão de Finanças e ligado a cooperativas de perueiros da Zona Sul. “Com o subsídio a R$ 1,4 bilhão, a passagem precisa subir para, ao menos, R$ 3,50”, acrescentou Leite.

A previsão leva em conta a expectativa de gastos anunciada pela Secretaria Municipal de Transportes com o pagamento de subsídios neste ano. De acordo com a pasta, será repassado R$ 1,7 bilhão ao setor – no ano passado, esse valor foi de R$ 1,2 bilhão. Segundo a prefeitura, o aumento é explicado pela criação do Bilhete Único Mensal, pelo reajuste dos contratos e pelas gratuidades do transporte.

Diante da realidade atual e da previsão de repasse de subsídios 18% menor para 2015, parlamentares da base de sustentação do prefeito Fernando Haddad (PT) admitem que serão necessários novos recursos para as viações e cooperativas. Caso contrário, a tarifa deverá aumentar.

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“Se precisar aumentar o subsídio, isso poderá ser feito por remanejamento de verbas. Mas temos de avaliar o impacto disso”, disse Paulo Fiorilo (PT). A mesma avaliação fez Arselino Tatto (PT), líder do governo e irmão do secretário de Transportes, Jilmar Tatto. “Nada está decidido sobre a tarifa. O governo está aguardando a conclusão de uma auditoria nas empresas antes de tomar qualquer decisão”, disse Tatto.

No ano passado, a tentativa de elevar a tarifa dos ônibus, trens e metrô levou milhares de pessoas às ruas. Os manifestantes, que inicialmente protestavam contra o aumento passaram a criticar os elevados gastos com a Copa do Mundo e os desvios de dinheiro público.

Financiamento

Para Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela USP e consultor na área, é preciso buscar formas de financiamento. Figueira é favorável, por exemplo, à criação de uma nova tributação sobre o valor do litro da gasolina. O mesmo discurso tem sido defendido publicamente pelo prefeito, que pleiteia, no cenário nacional, a municipalização da Cide, o tributo federal que incide sobre combustíveis – e que hoje está zerado – como forma de neutralizar o aumento do diesel e da gasolina nas refinarias.

Para o líder do PSDB, Floriano Pesaro, o Orçamento proposto mostra que essa discussão não avançou. “Está mais do que claro agora que a tarifa de ônibus será reajustada no ano que vem. Com o valor do subsídio previsto e a passagem a R$ 3, a prefeitura quebra”, disse.

Para o também tucano Andrea Matarazzo, a peça orçamentária do governo é contraditória. “Ao mesmo tempo em que se reduz os investimentos, a gestão propõe, em outro projeto, baixar o ISS cobrado das empresas de vale alimentação de 5% para 2%.”

Crianças com dislexia precisam de acompanhamento nas escolas

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Com o tema “Há resposta exitosa para a dislexia”, a Câmara Municipal de São Paulo recebeu a terceira edição do simpósio em comemoração ao Dia Municipal da Pessoa com Dislexia.

“Este evento é de suma importância, pois é a ocasião em que nos mobilizamos e nos organizamos para apresentar propostas efetivas para a transformação que tanto almejamos na inclusão”, disse Floriano Pesaro, que incluiu no calendário de eventos da cidade, o Dia Municipal da Pessoa com Dislexia (19 de setembro).

Implantação de políticas públicas, a visão médica atual, comparação com outros cenários mundiais, educação e empregabilidade foram os assuntos debatidos durante o evento.

Em comparação com países europeus, o Brasil ainda precisa avançar muito. Na Itália, por exemplo, docentes acompanham os alunos com transtorno de aprendizagem em todos os seus níveis educacionais. Já o Reino Unido adotou o modelo “Special Education”, em que pedagogos, fonoaudiólogos e outros especialistas atuam em conjunto dentro da sala de aula.

“As nossas crianças não têm assistência. O ideal seria que, no primeiro ano escolar, elas tivessem o acompanhamento de educadores treinados para que eles identificassem as dificuldades que elas apresentam, assim como acontece na Itália e no Reino Unido”, destacou Simone Aparecida Capellini, doutora em Ciências Médicas.

 

Identificar corretamente a deficiência é importante para que o professor saiba como lidar com o aluno. Rafael Silva, doutor em Intervenção Psicológica, falou sobre as emoções e a aprendizagem, e explicou os estágios emocionais pelos quais as crianças com dislexia podem passar.

“Inicialmente elas sentem vergonha e culpa, depois vem a falta de confiança e a baixa auto-estima e elas ainda podem ficar frustradas e com raiva. Há o estágio de ansiedade e medo e, por fim, a depressão e o desânimo também podem aparecer”, explicou Silva.

Alguns destes sintomas foram sentidos por André Piro, 14 anos, que deu seu depoimento por meio de um vídeo apresentado no seminário.

O adolescente disse que na escola sentia medo dos professores. “Cada vez que um professor gritava comigo, eu tinha vontade de sair correndo, de chorar, de gritar. Eu não tinha preguiça, só não entendia o que eles diziam, eu não sabia o que era juntar as letrinhas”.

Depois do diagnóstico de dislexia, André começou a fazer exercícios que o ajudaram no aprendizado e hoje ele consegue acompanhar os colegas na sala de aula.

Para Cintia Piro, mãe do garoto, “o vídeo é o relato mais sincero de como uma criança com dislexia vê o mundo e é também uma forma de ajudar educadores a trabalhar na sala de aula”.

 

SITE CÂMARA- Câmara recebe simpósio para discutir dislexia

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Mesa de abertura do simpósio, realizado nesta sexta (19/9). Foto: Luiz França / CMSP

DA REDAÇÃO

A Câmara Municipal de São Paulo realizou nesta sexta-feira (19/9) o III Simpósio em comemoração ao Dia Municipal da Pessoa Disléxica. Durante o evento, os participantes tiveram palestras sobre políticas públicas, empregabilidade, emoções e experiência de sucesso relacionadas à condição.

A dislexia, explicou o neurologista Marco Antônio Arruda, é um transtorno do desenvolvimento, e os primeiros sintomas começam a surgir na infância, durante o período de alfabetização. “Os pais e educadores podem suspeitar do problema quando perceberem que a criança tem muita facilidade em cálculos e números, mas com a leitura e a escrita não. Por exemplo, ela confunde as letras ‘p’ e ‘b’, ‘f’ e ‘v’ e ‘d’ e ‘t’”, afirmou.

O especialista também diz que pessoas com o transtorno normalmente são muito inteligentes. “O índice de superdotados entre disléxicos é alto. Podemos falar do cientista Einstein e do político Winston Churchill, que tinham e eram muito inteligentes”, acrescentou Arruda, quem coordenou os trabalhos para a elaboração da “Cartilha da Inclusão Escolar – Inclusão Baseada em Evidências Científicas”.

A falta de preparo das escolas para lidar com alunos com dificuldades de aprendizado foi um dos principais problemas apontados pelos palestrantes. De acordo com a fonoaudióloga Simone Capellini, o Brasil está muito atrasado em políticas públicas educacionais. “O Reino Unido passou a ter programas de reforço e atenção, com psicólogos e fonoaudiólogos dentro das próprias escolas. Na Espanha também é assim. Na Itália, há também uma preocupação em capacitar os professores para que eles possam identificar o estilo de ensino no qual a criança tem mais facilidade de aprender”, explicou.

A falta de preparo dos profissionais da educação preocupa os pais que têm filhos com dislexia. A dona de casa Valdênia Celeghin relatou que a filha de dez anos tem dificuldades para ler e escrever. “Depois que ela começou a ter acompanhamento com os profissionais, facilitou o aprendizado. Mas a escola achava que era falta de dedicação dela aos estudos, tanto que ela até repetiu”, afirmou.

Para a pedagoga Cintia Piro, que tem o marido e filho disléxicos, o ensino é falho em escolas públicas e particulares. “Antes mesmo do diagnóstico de que eles tinham dislexia, em casa já era didática com eles. Com o meu filho procuro fazer leitura em voz alta e peço para ele ler para mim também”, contou.

Procurando buscar maneiras de facilitar o aprendizado de alunos com dislexia, a professora de português e inglês Tatiane Zanzin mudou sua forma de ensinar. “Percebi que as crianças com esse transtorno tinham dificuldade de aprender quando escrevia muito na lousa. Por isso, passei a colocar apenas tópicos e a explicar mais por meio da fala, assim consigo preparar esses estudantes. Mas para complementar, passo atividades extras de leituras e peço que eles tragam uma resumo do que eles entenderam”, disse.

O evento foi uma iniciativa do vereador Floriano Pesaro (PSDB), autor do Projeto de Lei 86/2006, que dispõe sobre o programa de apoio ao aluno portador de distúrbios específico de aprendizado diagnosticado com dislexia. A proposta está em tramitação na Câmara Municipal e ainda precisa ser aprovada em segunda discussão no plenário.