Orbinews – O Natal nos lembra que Deus continua amando cada um de nós e a toda a humanidade

Floriano Pesaro.

Em meio à correria e aos desafios do mundo contemporâneo, encontrar harmonia na convivência com os outros é uma das maiores necessidades humanas. Vivemos cercados de ruídos, opiniões divergentes e, muitas vezes, conflitos que poderiam ser amenizados se exercitássemos mais empatia. Inspirado no poema Desiderata, de Max Ehrmann, meu artigo propõe uma reflexão sobre como a convivência, a simplicidade e a busca por ideais podem transformar nossas vidas.

A convivência saudável começa pelo reconhecimento de que cada pessoa carrega uma história única, moldada por experiências, crenças e valores. Quando nos dispomos a ouvir sem julgamentos, abrimos espaço para o diálogo genuíno e enriquecemos nossa perspectiva sobre o mundo. Colocar-se no lugar do outro é um exercício diário que exige paciência, autoconhecimento e um compromisso com a empatia. Esse esforço nos impede de julgar precipitadamente e nos permite transformar diferenças em oportunidades de crescimento e conexão.

Além da empatia, a busca pela felicidade, entendida como algo profundo e compartilhado, é um ingrediente essencial para uma vida plena. Ser feliz não significa ignorar os desafios, mas sim encontrar beleza na simplicidade, valorizar os pequenos momentos e construir alegria em comunidade. Ao compartilhar nossa felicidade com os outros, criamos uma rede de apoio e inspiração que fortalece a convivência.

Outro aspecto fundamental dessa jornada é a conexão com o universo. Reconhecer que somos parte de algo maior nos convida a viver com humildade e harmonia. Essa percepção amplia nossos horizontes, nos ensina a respeitar a vida em todas as suas formas e nos lembra de que nossas ações, por mais simples que sejam, têm impacto no todo. Essa conexão nos traz paz interior e nos inspira a caminhar com cuidado e propósito.

Por fim, viver intensamente nossos ideais é o que dá sentido à nossa existência. Eles são o norte que nos guia em momentos de incerteza e a força que nos mantém firmes diante das adversidades. Cada conquista, por menor que pareça, é um reflexo dos valores que carregamos e deve ser celebrada com gratidão. Alimentar nossos ideais com entusiasmo é uma forma de viver com autenticidade e de inspirar os outros a fazerem o mesmo.

Assim, ao praticarmos a empatia, ao valorizar a simplicidade, ao cultivar a felicidade compartilhada e ao mantermos firmes nossos ideais, damos passos importantes rumo a uma convivência mais harmoniosa e a uma vida mais significativa. No final das contas, a harmonia entre nós e o universo está na forma como escolhemos enxergar e viver o mundo: com respeito, alegria e propósito. Um feliz e próspero ano novo.

ORBISNEWS – ApexBrasil e CGU: Aliança Estratégica pela Integridade e Transparência

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) é uma instituição estratégica dedicada a promover a inserção de empresas brasileiras no mercado internacional e atrair investimentos estrangeiros para setores essenciais da economia nacional. Criada em 1997 como uma iniciativa no âmbito do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a ApexBrasil teve seu período inicial como embrião de uma estrutura que viria a ser reestruturada em 2003.

Com a aprovação da Lei nº 10.668/03, tornou-se um serviço social autônomo, com maior autonomia e atribuições ampliadas, consolidando-se como um pilar do desenvolvimento econômico sustentável no Brasil.Uma das parcerias estratégicas da ApexBrasil do ponto de vista da governança, é com a Controladoria-Geral da União (CGU), formalizada por meio de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs). Assinado em 2023 pelo presidente Jorge Viana, esse ACT reafirma nosso compromisso com a promoção da integridade, da transparência e da ética no setor público e privado. Essa colaboração simboliza o alinhamento estratégico entre as duas instituições na luta contra a corrupção e no fortalecimento do controle social. A parceria também permite a troca de experiências e práticas que aprimoram a governança corporativa e institucional, tanto dentro da ApexBrasil quanto em empresas apoiadas.

O ACT com a CGU potencializa iniciativas que reforçam a integridade corporativa e pública. Um exemplo é a participação da ApexBrasil no Comitê Gestor do Projeto Empresa Pró-Ética, coordenado pela Gerente de Integridade e Compliance, Daisy Barreto. Por meio desse projeto, incentivamos empresas a adotarem programas robustos de conformidade, contribuindo para um ambiente de negócios mais ético e competitivo.

Além disso, no contexto do evento América Aberta, a ApexBrasil reforça seu papel ao viabilizar serviços como a tradução simultânea, facilitando a integração de diferentes perspectivas sobre transparência e acesso à informação contexto global, a promoção de dados abertos é uma ferramenta essencial para a inovação e a competitividade. Como disse Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web, “Os dados abertos transformam a sociedade ao trazer mais transparência, eficiência e inovação.” Esse princípio está no cerne da missão da ApexBrasil, que busca transformar informações em oportunidades, contribuindo para o crescimento sustentável das empresas brasileiras e fortalecendo sua posição no mercado internacional.

A integridade e a transparência são pilares indispensáveis para a construção de uma sociedade justa e democrática. Dados abertos e controle social sobre os atos públicos são ferramentas essenciais para garantir que os cidadãos possam participar ativamente do desenvolvimento de políticas públicas. Quando promovemos a abertura de informações e a responsabilização, não apenas fortalecemos a confiança nas instituições, mas também criamos oportunidades para inovações que geram benefícios concretos para a sociedade. Dados abertos também representam um catalisador para a inovação econômica, permitindo que empreendedores e pesquisadores utilizem informações para criar soluções mais eficazes e inclusivas.

A ApexBrasil entende que a transparência não é apenas uma obrigação, mas também uma oportunidade para criar um ambiente mais confiável e eficiente. Em linha com esses valores, a agência segue padrões rigorosos de governança e compliance, assegurando que seus processos internos estejam alinhados às melhores práticas nacionais e internacionais.

A parceria com a CGU é uma demonstração clara desse compromisso, permitindo que a ApexBrasil contribua para um setor público mais eficiente e ético, além de apoiar empresas brasileiras em sua trajetória de integridade.

Como Diretor de Gestão Corporativa da ApexBrasil, tenho o privilégio de supervisionar áreas que garantem a eficiência e a transparência em nossas operações, desde a gestão de recursos humanos e tecnologia da informação até o orçamento e infraestrutura. Essa posição me permite testemunhar como parcerias como a estabelecida com a CGU fortalecem nossa capacidade de atuar de maneira íntegra e alinhada aos interesses públicos.

A transparência e a integridade não apenas sustentam a confiança entre instituições e cidadãos, mas também fomentam a inovação e o desenvolvimento. Dados abertos e controle social empoderam a sociedade, promovem justiça social e impulsionam o crescimento sustentável. A ApexBrasil continuará comprometida com esses princípios, reafirmando a importância da ética e da transparência como pilares para o progresso do Brasil.

Estamos determinados a seguir trabalhando em conjunto com a CGU e outras instituições parceiras, certos de que a integridade é o alicerce de um futuro mais próspero, inclusivo e sustentável para todos.

Tribuna: Israel, Resiliência e a Batalha por Seu Futuro

Floriano Pesaro, sociólogo

No dia 7 de outubro de 2023, Israel enfrentou um dos piores ataques de sua história recente. A ofensiva brutal do Hamas resultou na morte de centenas de civis israelenses, expondo vulnerabilidades que não poderiam ter sido ignoradas. Apesar do imenso poder militar das Forças de Defesa de Israel (IDF), este trágico evento revelou a necessidade de uma resposta firme e eficaz — e Israel assim o fez, alterando rapidamente o curso do conflito.

O Hamas, embora ainda ativo, foi enfraquecido de maneira significativa pelas operações israelenses. Com o apoio estratégico dos Estados Unidos, Israel desmantelou grande parte da infraestrutura militar do grupo. Paralelamente, o Hezbollah, um importante aliado do Irã, também sofreu perdas devastadoras. Em setembro, ataques aéreos precisos de Israel eliminaram figuras de liderança do Hezbollah, como seu líder Hasan Nasrallah, o que reduziu substancialmente sua capacidade de ofensiva.

O Irã, o principal patrocinador financeiro e militar do Hamas e do Hezbollah, enfrenta agora uma posição de desvantagem estratégica crescente. As defesas israelenses neutralizaram com sucesso ataques de drones e mísseis iranianos, reduzindo consideravelmente os danos. Além disso, as operações secretas de Israel dentro do território iraniano demonstraram a habilidade do país em atingir seus inimigos, mesmo em suas bases mais protegidas, enfraquecendo ainda mais o poder regional do Irã.

Esses desdobramentos no campo de batalha representam uma mudança importante no equilíbrio de poder no Oriente Médio. As ameaças que antes pareciam maiores estão agora diminuídas, enquanto Israel emerge com mais segurança e resiliência. O apoio militar dos Estados Unidos, como o recente acordo de US$ 20 bilhões em armamentos, reforça a capacidade de Israel de se defender e liderar a estabilidade na região. Porém, mais do que isso, esse apoio solidifica Israel como uma potência de inovação e diplomacia.

Como judeu e sionista, acredito que a verdadeira força de Israel não reside apenas em suas vitórias militares. Israel é uma nação que se destaca pelo conhecimento e pelas inovações que oferece ao mundo, moldando o futuro da ciência, da tecnologia e da medicina. Essa capacidade de inovação é tão vital quanto sua capacidade de defesa, permitindo que o país prospere, mesmo em tempos de crise.

No entanto, a busca pela paz deve sempre ser uma prioridade. A resiliência e o poder militar de Israel garantem sua sobrevivência, mas a verdadeira vitória será alcançada quando pudermos vislumbrar um futuro de coexistência pacífica. Israel, com sua determinação e inteligência, continua a moldar seu destino, não apenas como uma potência militar, mas também como um exemplo de prosperidade e progresso. A paz pode parecer distante, mas é um objetivo que deve estar sempre presente em nossos esforços, pois ela é fundamental para a estabilidade e o futuro de toda a região.

Tribuna – A importância das Grandes Festas e a defesa de Eretz Israel

Floriano Pesaro

“À medida que nos aproximamos das Grandes Festas Judaicas, Rosh Hashaná e Yom Kippur, somos chamados a um tempo de reflexão, renovação espiritual e busca pelo perdão. Essas festividades transcendem o simples ato de celebrar; elas nos convidam a olhar para dentro, para nossas comunidades e para o mundo ao nosso redor, com o intuito de nos reconectar com nossos valores, nossa fé e nossa identidade. Em tempos de adversidade, esses momentos de introspecção tornam-se ainda mais essenciais, lembrando-nos de nossa resiliência e esperança.

Rosh Hashaná é um período de renovação e introspecção. Ao som do shofar, somos chamados a despertar e refletir sobre nossas ações, nossa relação com os outros e nosso propósito como indivíduos e como povo. A festa nos lembra que, assim como o ano muda, nós também temos a capacidade de nos transformar e melhorar.

Seguido por Yom Kippur, o Dia do Perdão, o período de introspecção atinge seu auge. É um dia de jejum, oração e arrependimento, um momento para buscar perdão por nossas falhas e comprometer-se a seguir um caminho mais justo e compassivo. Yom Kippur nos ensina que, independentemente dos desafios que enfrentamos, existe sempre a possibilidade de recomeçar.

No entanto, este ano, nossas reflexões se desenrolam em um contexto particularmente difícil. Estamos testemunhando uma guerra terrível em Gaza contra o Hamas e o Hezbollah, grupos terroristas que ameaçam a segurança de Israel e de judeus ao redor do mundo. Como sionistas, acreditamos na defesa incondicional de Eretz Israel, nossa terra ancestral. Não é apenas um direito, mas um dever proteger nossa nação e nosso povo contra aqueles que buscam nossa destruição. Como Golda Meir sabiamente disse: “Não pretendemos cometer suicídio para que o mundo nos aplauda.” Essa frase reforça a importância de Israel se defender, independentemente da opinião internacional, para garantir a segurança de judeus em todo o mundo.

Paralelamente, vemos o aumento do antissemitismo em várias partes do mundo. Ataques a judeus, sinagogas vandalizadas e retóricas odiosas se tornaram preocupantemente comuns. Esse fenômeno nos lembra que nossa luta não é apenas territorial, mas também uma batalha por dignidade, respeito e reconhecimento de nossos direitos enquanto povo.

Theodor Herzl, o pai do sionismo moderno, acreditava firmemente no sonho de um lar seguro para o povo judeu em sua terra ancestral. Suas palavras, “Se vocês quiserem, não será um sonho”, ecoam como um lembrete constante de que a construção de Eretz Israel foi e continua sendo um esforço coletivo de coragem, fé e determinação. Hoje, mais do que nunca, essa frase ressoa profundamente, enquanto enfrentamos desafios na defesa de nosso direito de existir em segurança e paz.

Inspirando-nos na obra de Amos Oz, um dos maiores escritores de Israel e um defensor incansável da paz e da coexistência, encontramos na literatura um chamado à empatia e à compreensão mútua. Oz nos ensinou que, mesmo diante dos maiores desafios, devemos buscar o diálogo e a reconciliação. Em um de seus escritos, ele destacou que a verdadeira vitória não está apenas em derrotar o inimigo, mas em construir um futuro onde ambos possam coexistir.

Ao adentrarmos o ano judaico de 5785, levamos conosco a esperança de dias melhores. Que este seja um ano de paz, em que possamos ver nossos filhos crescerem em segurança, nossas comunidades florescerem e nossos inimigos serem transformados em vizinhos. Que possamos continuar a defender Eretz Israel com coragem e determinação, e que o som do shofar ressoe não apenas como um chamado à reflexão, mas também como um eco de nossa esperança inquebrantável de que, apesar de tudo, dias melhores estão por vir.

Neste Rosh Hashaná e Yom Kippur, ao elevarmos nossas preces e pedidos, que renovemos nosso compromisso com nossos valores e com a defesa de nosso povo e nossa terra. Que sejamos inscritos no Livro da Vida e que o ano que se inicia traga a paz que tanto desejamos.”

Tribuna – A importância da eleição americana para a estabilidade política no Oriente Médio

Floriano Pesaro

“A eleição presidencial nos Estados Unidos sempre teve um impacto significativo na política internacional, especialmente no Oriente Médio e, de forma mais aguda, em Israel. A próxima eleição, na qual Kamala Harris foi escolhida pelo Partido Democrata para disputar contra o republicano Donald Trump, apresenta uma nova dinâmica em comparação com a administração atual.

Kamala Harris, com seu histórico de defesa da democracia e dos direitos humanos, traz uma abordagem que muitos acreditam ser mais conciliadora e propícia à negociação. Se eleita, sua administração sinalizaria uma disposição para dialogar com múltiplos atores no cenário internacional, buscando soluções diplomáticas e equilibradas. Isso pode ser particularmente relevante para a questão israelo-palestina, onde a criação de dois estados é uma solução defendida por muitos, inclusive por mim, um judeu sionista que apoia incondicionalmente o estado de Israel e defende a paz, a liberdade e a democracia.

Harris acredita que uma paz duradoura só pode ser alcançada através do respeito mútuo e da negociação, em vez da imposição unilateral de políticas. Uma administração Harris poderia impulsionar iniciativas que promovam a coexistência pacífica, incentivando ambos os lados a se engajarem em diálogos construtivos. Esse espírito conciliador pode ser mais interessante para a estabilidade mundial e, em particular, para o Oriente Médio.

Kamala Harris já expressou seu apoio à solução de dois estados como um meio viável para alcançar uma paz duradoura entre israelenses e palestinos. Acredita-se que essa abordagem equilibrada pode atender às aspirações legítimas de ambos os povos, promovendo a segurança e a prosperidade na região. Harris defende que Israel tem o direito de existir em segurança, mas também reconhece a necessidade de um estado palestino viável e soberano, onde os palestinos possam viver com dignidade e direitos plenos.

Essa perspectiva é um desvio significativo da administração Trump, que foi percebida como unilateralmente pró-Israel e menos preocupada com as aspirações palestinas. A abordagem de Harris poderia significar uma renovação dos esforços diplomáticos para mediar um acordo de paz que seja justo e sustentável para ambos os lados.

Por outro lado, a administração Trump foi marcada por um apoio robusto e incondicional a Israel, o que agrada significativamente ao eleitorado judeu conservador nos Estados Unidos. Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e mudou a embaixada americana para lá, ações que foram vistas como um forte endosso ao estado judeu. Além disso, seu governo mediou os Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e vários países árabes, um feito notável na diplomacia do Oriente Médio.

No entanto, a abordagem de Trump é muitas vezes criticada por ser unilateral e não considerar adequadamente os direitos e as aspirações palestinas. Para muitos, essa estratégia alimentou tensões e agravou a hostilidade na região.

A eleição de Kamala Harris, portanto, representa um potencial ponto de virada. Seu compromisso com a democracia e os direitos humanos pode trazer um equilíbrio mais sustentável e negociável para a política americana no Oriente Médio. Acredita-se que um espírito mais conciliador possa diminuir as tensões e promover a paz através da diplomacia e do respeito mútuo.

Para Israel, um parceiro como Harris pode significar apoio contínuo, mas de uma maneira que também busca reconhecer e atender às legítimas aspirações palestinas. Esse equilíbrio pode ser crucial para uma paz duradoura e para a segurança na região. A visão de dois estados, que muitos de nós sionistas defendemos, poderia se tornar uma realidade viável sob uma administração que promove a negociação e a reconciliação.

No entanto, não podemos desconsiderar o peso do eleitorado americano, especialmente os conservadores e a comunidade judaica nos Estados Unidos, que tendem a ver em Trump um aliado mais forte para Israel. Uma eventual administração Harris terá o desafio de equilibrar esses interesses internos com a necessidade de promover uma paz justa e duradoura no Oriente Médio.

O papel do eleitorado é crucial, pois molda as políticas e pressões sobre qualquer administração americana. A capacidade de Harris de engajar e ganhar a confiança desse eleitorado será fundamental para o sucesso de sua abordagem no Oriente Médio. A construção de uma política externa que equilibre firmeza com negociação pode ser a chave para assegurar tanto o apoio interno quanto a paz externa.

Como sionista e defensor incondicional do estado de Israel, acredito que a promoção da paz através da criação de dois estados é fundamental. Eu defendo a paz, a liberdade e a democracia, e acredito que esses valores são essenciais para alcançar um futuro melhor para todos na região.”


O Fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde como Pilar da Neoindustrialização Brasileira

Floriano Pesaro

“O Brasil deu um passo significativo para enfrentar os desafios globais na área da saúde com o recente fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS). Este movimento, liderado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, integra a estratégia do Governo Federal para revitalizar a indústria nacional e promover uma maior autonomia no setor de saúde.

Sob a liderança de Alckmin, o MDIC tem apresentado resultados expressivos em várias frentes, incluindo a redução da ociosidade industrial e a retomada da produção em diversos setores estratégicos. O ministério conseguiu elevar os investimentos públicos e privados em setores como o CEIS, que recebeu R$ 57,4 bilhões em aportes, consolidando-se como um dos maiores volumes de investimento na última década. Além disso, o MDIC estabeleceu metas claras para aumentar a produção nacional e acelerar o registro de patentes, fatores essenciais para fortalecer a competitividade do Brasil no cenário internacional.

A base dessa estratégia é a Nova Indústria Brasil (NIB), um plano ambicioso que visa estimular a inovação e o desenvolvimento tecnológico em setores chave da economia. A “Missão 2” da NIB, focada no CEIS, já recebeu um investimento público de R$ 16,4 bilhões desde janeiro de 2023. Esses recursos, somados a R$ 39,5 bilhões em investimentos privados, elevam o total para impressionantes R$ 57,4 bilhões, o maior volume destinado ao setor na última década.

Este investimento massivo é uma resposta aos desafios impostos pelas mudanças demográficas, epidemiológicas e pela rápida incorporação de novas tecnologias no setor de saúde. O ministro Alckmin tem destacado a evolução tecnológica na medicina, que passou de aparelhos simples, como estetoscópios e raio-x, para ferramentas avançadas como tomografia, ressonância magnética e PET-SCAN. A complexidade crescente dos tratamentos implica em custos mais elevados, e a solução proposta pelo governo é investir em inovação para aumentar a eficiência e reduzir os custos.

Parte dessa estratégia inclui a criação de cadeias produtivas especializadas em medicamentos biológicos, vacinas, hemoderivados e dispositivos médicos. O objetivo é aumentar a produção nacional, que deverá passar de 45% para 50% até 2026 e alcançar 70% até 2033. Essa expansão não apenas fortalecerá a capacidade produtiva interna, mas também diminuirá a dependência do Brasil em relação a insumos e equipamentos importados, uma vulnerabilidade crítica identificada pelo governo.

Outro ponto fundamental na estratégia é a aceleração do processo de registro de patentes. Atualmente, o tempo médio para obtenção de uma patente no Brasil é de sete anos, um fator que desestimula o investimento em inovação. O MDIC, sob a liderança de Geraldo Alckmin, estabeleceu a meta de reduzir esse prazo para dois anos até 2026, equiparando-se aos padrões internacionais. Essa mudança é vista como essencial para atrair mais investimentos para o setor de saúde no Brasil.

A ApexBrasil, sob a presidência de Jorge Viana, tem desempenhado um papel fundamental na ampliação dos mercados internacionais para os produtos do CEIS, com especial atenção à África e América Latina. A estratégia da ApexBrasil visa não apenas diversificar os mercados para os produtos brasileiros, mas também fortalecer alianças estratégicas com países do continente africano e latino-americano, promovendo a cooperação em saúde e a transferência de tecnologia. Este esforço conjunto, que inclui o poder de compra do governo brasileiro e as parcerias internacionais, é essencial para garantir que o Brasil se torne um fornecedor global de soluções de saúde acessíveis e inovadoras.

Como diretor de gestão corporativa da ApexBrasil, reafirmo o compromisso da nossa instituição em apoiar essa estratégia nacional, alavancando os mercados internacionais para os produtos do CEIS e fortalecendo a presença do Brasil em setores estratégicos da economia global. A atuação coordenada entre o MDIC, sob a liderança de Geraldo Alckmin, e a ApexBrasil é crucial para assegurar que o Brasil não só atenda às suas demandas internas, mas também se posicione como um líder global na indústria de saúde.”

Reflexões sobre a Percepção Global de Israel: Preconceitos e Desinformação

Floriano Pesaro

“A questão de Israel, um dos tópicos mais polêmicos e debatidos no cenário internacional, exemplifica as complexidades e desafios da compreensão global em tempos de informação rápida e frequentemente superficial. A maneira como Israel é frequentemente retratado nos meios de comunicação e discutido nos fóruns públicos revela não apenas uma curiosa fixação internacional, mas também um espelho das nossas falhas coletivas em lidar com a verdade e o preconceito.

Especialistas Sem Fronteiras

Curiosamente, muitas pessoas parecem se sentir confiantes para discutir intensamente sobre Israel, apesar de, em muitos casos, possuírem um conhecimento limitado sobre outros conflitos globais igualmente significativos. Esta disposição para opinar pode ser atribuída em parte à omnipresença de Israel nas notícias, mas também a uma tendência cultural mais ampla que mistura noções de solidariedade com conformismo político. Esse fenômeno sugere uma inclinação para adotar perspectivas que são vistas como politicamente corretas ou socialmente seguras, mesmo quando tais opiniões não são sustentadas por uma compreensão profunda dos fatos.

A Mídia e a Distorção da Realidade

A cobertura da mídia sobre Israel muitas vezes se assemelha a um regime de fast food informativo, onde se serve notícias rápidas e de fácil consumo, mas que são nutricionalmente deficientes em termos de profundidade e contexto. Este tipo de jornalismo não apenas falha em fornecer uma visão clara e matizada dos eventos, mas frequentemente perpetua uma imagem distorcida de Israel, alimentando narrativas simplificadas que não capturam a complexidade dos desafios que o país enfrenta.

Contradições da Esquerda Política

Um aspecto particularmente notável dessa questão é a postura de certos segmentos da esquerda política internacional. Historicamente comprometidos com a defesa dos oprimidos e a luta contra injustiças, alguns membros dessa esfera política parecem abandonar seus ideais quando se trata de Israel. Eles demonstram uma tolerância preocupante para com regimes autoritários e movimentos que claramente violam os direitos humanos, desde que estes se oponham a Israel. Essa incoerência não só questiona a integridade moral desses grupos, mas também destaca uma disposição alarmante para endossar ideologias totalitárias que comprometem a verdade e a justiça.

O Antissemitismo Contemporâneo

A crítica a Israel muitas vezes carrega ecos de preconceitos históricos contra os judeus, que se manifestam sob novas formas. A velha imagem do “judeu malévolo” é reciclada em descrições de Israel como um estado agressor ou opressor. Este tipo de narrativa ignora as realidades complexas e as ameaças existenciais enfrentadas por Israel, e muitas vezes se desvia para a demonização, refletindo um viés que vai além da crítica política legítima.

Chamado à Responsabilidade Global

A discussão sobre Israel serve como um teste crucial para nossos valores globais e para a nossa capacidade de aderir a um compromisso com a verdade e a justiça em um mundo polarizado. Não se trata apenas de um debate sobre política externa, mas de um desafio aos princípios fundamentais de liberdade e justiça que afirmamos defender. Ao abordar essas questões com integridade e discernimento, podemos aspirar a um entendimento mais justo e equilibrado, essencial para a resolução de conflitos e para a promoção da paz global.

Este ensaio busca instigar uma reflexão crítica sobre como as narrativas são formadas e como os preconceitos podem distorcer nossa percepção dos eventos mundiais, com a esperança de promover uma discussão mais informada e responsável sobre questões internacionais vitais.”

Correio: Desafios e oportunidades para uma economia de baixo carbono

Floriano Pesaro, diretor de Gestão Corporativa da ApexBrasil

“O Brasil ocupa posição privilegiada para liderar a transição energética global para a economia de baixo carbono. Com matriz energética renovável, e metade da energia primária de fontes como hidrelétricas, biomassa, energia eólica e solar, o país se destaca, mesmo diante de potências globais. Sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmamos nosso compromisso com a sustentabilidade. Agora, é transformar esse potencial em ações concretas.

O país enfrenta obstáculos nos setores de transporte, indústria e uso do solo, pontos críticos para atingir metas de neutralidade de carbono até 2050. As emissões de carbono per capita são consideráveis — 18% do total, com a agropecuária representando a maior parcela. Como o setor responde por 73% das emissões totais, precisamos ir além da substituição de fontes fósseis por renováveis. Os setores agrícola, florestal e de uso do solo são parceiros essenciais.

Um grande desafio é a demanda por serviços energéticos. Com economia emergente e população crescente, o consumo aumenta, pressionado por novas fontes limpas e economicamente viáveis. Mas a implementação de tecnologias para reduzir as emissões está em estágio inicial. Armazenamento de energia, hidrogênio verde e captura e armazenamento de carbono precisam vir em maior escala e em maior velocidade. Outro obstáculo é o alto custo de soluções tecnológicas de baixo carbono. Isso inclui desde a expansão da rede elétrica, para integrar novas fontes de energia até a modernização de indústrias para se adequarem aos padrões da Indústria 4.0.

O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin conduz nossa reindustrialização para inovação tecnológica e sustentabilidade. O Programa Nova Indústria Brasil (NIB) tem como eixo central a sustentabilidade. O que significa uso de energias renováveis e eficiência energética, combinados com demandas da economia de baixo carbono.

Setores como transporte e industrial estão entre os maiores emissores de gases de efeito estufa por aqui e sua transição para a economia de baixo carbono é essencial. A eletrificação de veículos promete, mas é imediato investir em transporte público de baixa emissão, melhorar a eficiência energética. Com a adoção de biocombustíveis avançados, como etanol de segunda geração e biodiesel.

O segmento de agropecuária, florestas e outros usos do solo é igualmente central para a estratégia de redução de carbono. A recuperação de áreas degradadas, o reflorestamento e o manejo florestal sustentável contribuem para a remoção de carbono da atmosfera. O uso de florestas plantadas para a produção de biocombustíveis celulósicos e a adoção de biocombustíveis sintéticos, que permitem a conversão de biomassa em combustíveis líquidos, garantirão uma transição energética segura.

A Apex Brasil, liderada pelo presidente Jorge Viana, tem cumprido papel central na atração de investimentos estrangeiros para o setor, em áreas como energia solar e eólica. Em 2023, apoiamos projetos que geraram mais de US$ 7 bilhões em investimentos, e 5 mil novos empregos. O país foi o quinto destino global de Investimento Estrangeiro Direto (IED), atrás apenas de potências como Estados Unidos e China. O apoio de Jorge Viana e a articulação de parcerias público-privadas têm sido fundamentais para garantir novos investimentos.

Será necessário enfrentar desafios tecnológicos, financeiros e logísticos. A atração de investimentos estrangeiros e a implementação de políticas públicas eficazes são fundamentais para transformar esse potencial em realidade.

Sob o comando do presidente Lula e com o vice Alckmin reforçando a importância de uma indústria 4.0, mais limpa e sustentável, o Brasil tem a oportunidade de garantir sua própria segurança energética e tornar-se um dos principais fornecedores globais de energias renováveis. Tornando-se protagonista na nova economia verde. “

Link do artigo original: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/10/6954062-desafios-e-oportunidades-para-uma-economia-de-baixo-carbono.html

Desafios e Oportunidades para o Brasil: Reflexões sobre o Cenário Econômico Atual

Floriano Pesaro, sociólogo

O Brasil tem vivenciado uma série de mudanças significativas em seu panorama econômico, impulsionadas tanto por fatores internos quanto externos.

O ano de 2024 tem se mostrado promissor para as exportações brasileiras, com recordes sendo alcançados até o mês de julho. O valor exportado no primeiro semestre atingiu US$ 167 bilhões, gerando um saldo positivo na balança comercial de US$ 42 bilhões. Esse desempenho se deve, em grande parte, ao crescimento das exportações para os dois principais parceiros comerciais do Brasil: China, com um aumento de 3,8%, e EUA, com um impressionante crescimento de 12,2%.

Contudo, nem todos os mercados apresentam a mesma dinâmica positiva. As exportações para a Argentina, por exemplo, registraram uma queda de 38,2%, influenciada por fatores sazonais, estruturais e de política comercial. Essa disparidade ressalta a importância de diversificar os destinos das exportações brasileiras e de estar atento às mudanças nos mercados globais.

Além do setor exportador, outros indicadores econômicos também refletem um cenário favorável. A inflação, embora alta, está em 2,48% no ano, enquanto a produção industrial cresceu 4,1% em junho. A taxa de desemprego caiu para 6,9% no segundo trimestre, a menor desde 2014, e a criação de empregos até junho atingiu 13 milhões de novas vagas, um recorde histórico.

Esses números positivos são resultado de políticas públicas eficazes e da resiliência da economia brasileira. O Brasil, apesar de todo o crescimento, ainda participa de pouco mais de 1% do comércio internacional, indicando um enorme potencial a ser explorado.

A ApexBrasil, sob o comando de Jorge Viana, em alinhamento com as políticas públicas do Governo Federal, está focada na diversificação das exportações brasileiras. A Estratégia Nacional de Comércio Exterior e a Política Nacional da Cultura Exportadora, associadas à Nova Política Industrial e ao Novo PAC, são fundamentais para explorar novos mercados e atrair investidores.

O Mapa de Oportunidades, desenvolvido pela área de inteligência da ApexBrasil, visa identificar novos destinos, origens e setores para as exportações. Desde 2023, o Brasil abriu 150 novos mercados, com destaque para o agro, que conquistou 88 novos destinos somente em 2024. Mercados como Índia, China, ASEAN e África Subsaariana mostraram crescimentos significativos, indicando um caminho promissor para a diversificação.

A introdução do IVA – Imposto sobre Valor Agregado – promete desburocratizar o processo de exportação, tornando as empresas mais competitivas. A desoneração das exportações e a transparência nas regras tributárias são mudanças que beneficiarão as empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, que enfrentam desafios adicionais no mercado internacional.

A unificação de impostos em dois IVAs (IBS e CBS) e no Imposto Seletivo também simplificará o sistema tributário, reduzindo a carga tributária e aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Esse novo sistema tributário, combinado com políticas de incentivo, pode transformar o Brasil em um player mais forte no comércio internacional.

O potencial acordo entre Mercosul e União Europeia é uma das iniciativas que podem impulsionar significativamente as exportações brasileiras. Com um mercado consumidor de 800 milhões de pessoas, a parceria tem o potencial de diversificar as exportações e estimular a competitividade dos produtos brasileiros.

Dados da CNI indicam que cerca de 3 mil produtos terão tarifa zero para entrar na União Europeia no momento da assinatura do acordo, com potencial para aumentar esse número em um período de 10 anos. Estima-se que, se o acordo já estivesse em vigor, o Brasil teria exportado quase R$ 13 bilhões, demonstrando a importância estratégica dessa parceria para o desenvolvimento econômico do país.

Reconhecendo os desafios enfrentados pelas pequenas e médias empresas (PMEs) no mercado de exportação, a ApexBrasil tem intensificado seus esforços para apoiar esses negócios. O Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) é uma das iniciativas que visam preparar as PMEs para o mercado internacional, oferecendo suporte técnico e planos de exportação personalizados.

O programa Exporta Mais Brasil, focado nas regiões Norte e Nordeste, também tem se mostrado eficaz na promoção de produtos regionais e na atração de investimentos diretos. Setores como móveis, rochas, café robusta, pescados, artesanato e cerveja já se beneficiaram dessas iniciativas, demonstrando o potencial das PMEs brasileiras no mercado internacional.

A ApexBrasil está comprometida em valorizar o Brasil no cenário internacional, especialmente em eventos como a COP30. A agência está realizando estudos de inteligência de mercado para orientar investidores sobre as melhores oportunidades de negócios relacionadas à sustentabilidade e economia verde. A assinatura de convênios para impulsionar o etanol como solução para a transição energética é um exemplo do compromisso da ApexBrasil com a sustentabilidade.

Além disso, a participação de startups brasileiras na Green Zone, apresentando soluções inovadoras para um futuro mais sustentável, destaca o papel do Brasil na cooperação internacional para o enfrentamento das mudanças climáticas.

A vigorosa diplomacia presidencial, marcada por diversas missões empresariais lideradas pelo Presidente Lula e pelo Vice-Presidente Geraldo Alckmin, tem sido um pilar fundamental para o fortalecimento das relações comerciais do Brasil. Essas missões não apenas promovem os produtos e serviços brasileiros no exterior, mas também atraem investimentos e fomentam parcerias estratégicas.

A atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) tem sido crucial para a abertura de novos mercados para os produtos agropecuários brasileiros, consolidando o país como um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, juntamente com o Itamaraty e suas Seções Econômicas (SECOMs) espalhadas pelo mundo, têm trabalhado incansavelmente para promover a imagem do Brasil e facilitar o acesso a novos mercados.

O Brasil está em um momento crucial de sua trajetória econômica, com oportunidades significativas para expansão e diversificação das exportações. As políticas públicas e as iniciativas da ApexBrasil, combinadas com uma reforma tributária eficaz, criam um ambiente favorável para o crescimento sustentável e competitivo.

A diversificação dos mercados, o apoio às PMEs e o compromisso com a sustentabilidade são pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico do país. O acordo Mercosul-União Europeia, a introdução do IVA e as iniciativas da ApexBrasil são passos importantes nessa direção.

Em um mundo cada vez mais interconectado, o Brasil deve continuar a explorar novas oportunidades e a fortalecer suas relações comerciais, posicionando-se como um líder no comércio internacional e na sustentabilidade.

50 Anos de Relações Diplomáticas Brasil-China: Rumo a um Futuro Sustentável

Floriano Pesaro, sociólogo

Na última década, a relação entre Brasil e China tem se intensificado significativamente, refletindo-se em áreas estratégicas como comércio, investimento e energia. No último dia 5, a Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) celebrou os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países, com um evento em São Paulo intitulado “Rumo a um Futuro Sustentável”. Este encontro, organizado pelo CEBC, teve como objetivo discutir a transição energética e a importância das fontes renováveis na luta contra as mudanças climáticas. Tive a honra de participar como palestrante neste evento, representando a ApexBrasil, e seu presidente Jorge Viana, onde discuti o papel crucial do Brasil na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

O Brasil tem se destacado globalmente na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. Com cerca de metade de sua energia primária proveniente de fontes renováveis, o país está bem posicionado para se tornar um importante fornecedor de energias limpas. Dados de 2022 mostram que o Brasil foi o terceiro maior instalador de energia eólica no mundo, um feito que destaca o potencial da região Nordeste para se tornar um polo de geração de energia solar e eólica, devido à sua localização estratégica e condições climáticas favoráveis.

A perspectiva para 2050 é de que as fontes renováveis superem 70% da matriz energética brasileira, reduzindo significativamente a dependência de petróleo e gás natural. A biomassa, a energia eólica e a solar são as principais fontes que contribuirão para essa transformação, posicionando o Brasil como um líder na produção de energia limpa.

Os biocombustíveis avançados, como o diesel verde e o bioquerosene de aviação, conhecido como SAF, têm se mostrado alternativas viáveis para substituir os combustíveis fósseis, especialmente em setores de difícil eletrificação. A experiência do Brasil na produção de etanol e biodiesel oferece uma vantagem competitiva significativa, considerando a vasta disponibilidade de terras e os altos rendimentos agropecuários.

Outro destaque é o hidrogênio verde, que se posiciona como uma importante fonte de energia de baixo carbono. O Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), anunciado pelo Ministério de Minas e Energia, visa tornar o Brasil um líder global na produção e exportação de hidrogênio verde, aproveitando os baixos custos de produção previstos até 2050.

O segmento de Agropecuária, Florestas e Outros Usos do Solo é responsável pela maior parte das emissões brasileiras de gases de efeito estufa (GEE). A eliminação do desmatamento ilegal até 2028 é crucial para que o Brasil alcance a neutralidade em carbono até 2050. Soluções tecnológicas e mecanismos de financiamento são essenciais para a descarbonização dos setores de transporte, industrial e residencial, que são os principais emissores de GEE no país.

A ApexBrasil, sob o comando de Jorge Viana, desempenha um papel fundamental na promoção das exportações e atração de investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Em 2022, o Brasil foi o quinto destino global de Investimento Estrangeiro Direto (IED), com destaque para os setores de infraestrutura, tecnologia da informação e energias renováveis.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), liderado pelo Ministro Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, tem sido essencial na coordenação dessas iniciativas, reforçando a importância de um ambiente de negócios favorável e competitivo para atrair investimentos e expandir as exportações brasileiras.

Além disso, a diplomacia presidencial do presidente Lula tem contribuído significativamente para a expansão das relações globais do Brasil, promovendo acordos comerciais e parcerias estratégicas que fortalecem a posição do país no cenário internacional.

A liderança de Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, tem sido crucial nesse processo, orientando a agência na promoção de exposições e congressos nacionais e internacionais, como Intersolar Europe e Latam RE+, e no desenvolvimento de portfólios de projetos como o Brazilian Petroleum Partnership. Parcerias com o Ministério de Minas e Energia, Petrobras e outras entidades são fundamentais para o avanço da Nova Indústria Brasil.

A Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China 2024 reforçou o compromisso de ambos os países com um futuro sustentável. A transição energética, impulsionada por investimentos em energias renováveis e inovação tecnológica, é crucial para combater as mudanças climáticas e garantir um crescimento econômico sustentável. Com a liderança do Brasil em energias limpas, o apoio do MDIC, a nossa diplomacia ativa, e a orientação estratégica do Governo Federal, o caminho para um futuro mais verde e próspero está bem traçado.

Floriano Pesaro
COO e Diretor de Gestão Corporativa, ApexBrasil