YAHOO!- “Geração 92” quer comandar os Estados
As manifestações de junho do ano passado representaram o fim de um hiato de mais de 20 anos sem movimentos massivos nas ruas do País, mas não deixaram como legado a formação de lideranças políticas identificadas com suas ideias. Não há, nas campanhas eleitorais deste ano, em nenhuma das esferas, o registro de candidatos que tenham se destacado como referência das ruas.
Em contrapartida, líderes da “geração de 92” – que começou a se aglutinar na efervescência das eleições diretas de 1989 e atingiu o ápice com os caras-pintadas do “Fora Collor” – despontam em disputas majoritárias. Seis candidatos a governador são contemporâneos do movimento estudantil da época – Alexandre Padilha (PT), em São Paulo; Marcelo Ramos (PSB), no Amazonas; Flávio Dino (PC do B), no Maranhão; Lindbergh Farias (PT), no Rio; Camilo Santana (PT), no Ceará; e Lúdio Cabral (PT), em Mato Grosso.
A esse grupo se soma outra tropa de postulantes a vagas no Senado, na Câmara e em Assembleias. Fazem parte desta turma Ricardo Gomide (PC do B), candidato a senador no Paraná, e Floriano Pesaro (PSDB) e Orlando Silva (PC do B), que tentam uma vaga de deputado federal por São Paulo. Eles estiveram juntos ou se enfrentaram em congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE), eleições de centros acadêmicos e de diretórios centrais de estudantes (DCEs).
Juntos combateram, na base ou na linha de frente, o governo de Fernando Collor, que acabou sofrendo um processo de impeachment.
Desta safra de políticos, os dois nomes que mais se destacam estão hoje no mesmo partido, mas foram adversários no movimento estudantil.
Em 1992, Lindbergh, então no PC do B, era o popular presidente da UNE que frequentava programas de TV e brilhava no alto dos carros de som. Enquanto isso, Padilha, já no PT, era um dirigente de bastidores. Sua ação era discreta no movimento estudantil porque o então aluno de Medicina da Unicamp foi pinçado ainda jovem para desempenhar missões importantes designadas pela alta cúpula do partido.
Em vez de disputar cargos na hierarquia da UNE, Padilha foi escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para catalisar em direção ao PT o sentimento de mudança que vinha das ruas. “Lindbergh foi uma das maiores lideranças da luta social do Brasil. É difícil compará-lo.
Já Padilha tinha uma ênfase mais técnica e atuava no movimento das executivas de curso”, lembra o ex-ministro Orlando Silva, que foi companheiro de chapa do atual candidato ao governo do Rio na UNE e depois presidiu a entidade.
Dois anos depois do impeachment de Collor, Padilha e Lindbergh tomaram caminhos opostos. O primeiro trancou a faculdade durante três anos para se dedicar às campanhas eleitorais de Lula. Já o segundo foi eleito deputado pelo PC do B.
Padilha ainda voltou para a Unicamp, onde concluiu o curso de medicina, e foi conhecer a realidade do Brasil clinicando no interior do Pará. Já Lindbergh trilhou uma tortuosa carreira política que só se estabilizou quando, a pedido de Lula, se filiou ao PT, legenda pela qual se elegeu deputado, prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e senador.
Opostos que se atraem Quando Flávio Dino estava saindo do movimento estudantil no começo dos anos 1990, Padilha e Lindbergh estavam começando a despontar. “Eu e Padilha éramos da mesma corrente do PT, a Articulação Estudantil. O PC do B era nosso adversário”, lembra o hoje candidato – e líder da disputa – ao governo do Maranhão pelo PC do B. “Eu fui para o PT na época porque o partido combatia o José Sarney e o PC do B o apoiava. Hoje é o PT quem é linha auxiliar e nós estamos contra”, diz.
“Eu, Lindbergh, Padilha e Orlando éramos da mesma geração”, lembra o vereador paulistano Floriano Pesaro, que tenta uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSDB. Nas passeatas e assembleias da época, ele despontava como um dos mais bem-sucedidos quadros da juventude tucana.
Seu partido, vale lembrar, nasceu em 1988, apenas quatro anos antes do “Fora Collor”. “Naquela época, o PSDB e o PC do B estavam unidos contra um adversário comum: o PT”, lembra o vereador tucano. Pesaro tem uma explicação curiosa sobre o fato de seu partido não ter formado tantos políticos bem-sucedidos como os rivais da “esquerda”. “Os velhos do PSDB não deixaram ninguém despontar. A alternância de poder no partido é quase nula. É sempre (José) Serra ou (Geraldo) Alckmin”, afirma.
Tucanos, petistas e comunistas concordam em pelo menos uma avaliação. Os movimentos de junho de 2013 e de 1992 tiveram características completamente diferentes. “O movimento de junho se constituiu pela negação da política. Seria estranho alguém representá-los”, avalia Orlando Silva.
Velhos tempos
Candidato do PT governo de Mato Grosso, o ex-vereador Lúdio Cabral tem uma trajetória parecida com a de Padilha, de quem até hoje é amigo. Médico formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, Lúdio também atuou nas executivas de curso e, junto com Padilha, participou das movimentações pela implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Na semana retrasada, os dois se encontraram em Brasília, onde o ex-ministro da Saúde gravou uma participação no programa de TV de Lúdio.
Já Camilo Santana, candidato a governador do Ceará, foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Ceará e um dos mais destacados líderes do Nordeste no movimento “Fora Collor”.
Candidato a governador do Amazonas pelo PSB, Marcelo Ramos foi dirigente da juventude do PC do B, mas migrou para o PSB. Depois de se eleger vereador de Manaus pelo PC do B, tornou-se marineiro e foi ungido candidato na “cota” da presidenciável Marina Silva. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
DIÁRIO DO GRANDE ABC- “Geração 92” quer comandar os Estados
As manifestações de junho do ano passado representaram o fim de um hiato de mais de 20 anos sem movimentos massivos nas ruas do País, mas não deixaram como legado a formação de lideranças políticas identificadas com suas ideias. Não há, nas campanhas eleitorais deste ano, em nenhuma das esferas, o registro de candidatos que tenham se destacado como referência das ruas.
Em contrapartida, líderes da “geração de 92” – que começou a se aglutinar na efervescência das eleições diretas de 1989 e atingiu o ápice com os caras-pintadas do “Fora Collor” – despontam em disputas majoritárias. Seis candidatos a governador são contemporâneos do movimento estudantil da época – Alexandre Padilha (PT), em São Paulo; Marcelo Ramos (PSB), no Amazonas; Flávio Dino (PC do B), no Maranhão; Lindbergh Farias (PT), no Rio; Camilo Santana (PT), no Ceará; e Lúdio Cabral (PT), em Mato Grosso.
A esse grupo se soma outra tropa de postulantes a vagas no Senado, na Câmara e em Assembleias. Fazem parte desta turma Ricardo Gomide (PC do B), candidato a senador no Paraná, e Floriano Pesaro (PSDB) e Orlando Silva (PC do B), que tentam uma vaga de deputado federal por São Paulo. Eles estiveram juntos ou se enfrentaram em congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE), eleições de centros acadêmicos e de diretórios centrais de estudantes (DCEs).
Juntos combateram, na base ou na linha de frente, o governo de Fernando Collor, que acabou sofrendo um processo de impeachment.
Desta safra de políticos, os dois nomes que mais se destacam estão hoje no mesmo partido, mas foram adversários no movimento estudantil.
Em 1992, Lindbergh, então no PC do B, era o popular presidente da UNE que frequentava programas de TV e brilhava no alto dos carros de som. Enquanto isso, Padilha, já no PT, era um dirigente de bastidores. Sua ação era discreta no movimento estudantil porque o então aluno de Medicina da Unicamp foi pinçado ainda jovem para desempenhar missões importantes designadas pela alta cúpula do partido.
Em vez de disputar cargos na hierarquia da UNE, Padilha foi escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para catalisar em direção ao PT o sentimento de mudança que vinha das ruas. “Lindbergh foi uma das maiores lideranças da luta social do Brasil. É difícil compará-lo.
Já Padilha tinha uma ênfase mais técnica e atuava no movimento das executivas de curso”, lembra o ex-ministro Orlando Silva, que foi companheiro de chapa do atual candidato ao governo do Rio na UNE e depois presidiu a entidade.
Dois anos depois do impeachment de Collor, Padilha e Lindbergh tomaram caminhos opostos. O primeiro trancou a faculdade durante três anos para se dedicar às campanhas eleitorais de Lula. Já o segundo foi eleito deputado pelo PC do B.
Padilha ainda voltou para a Unicamp, onde concluiu o curso de medicina, e foi conhecer a realidade do Brasil clinicando no interior do Pará. Já Lindbergh trilhou uma tortuosa carreira política que só se estabilizou quando, a pedido de Lula, se filiou ao PT, legenda pela qual se elegeu deputado, prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e senador.
Opostos que se atraem Quando Flávio Dino estava saindo do movimento estudantil no começo dos anos 1990, Padilha e Lindbergh estavam começando a despontar. “Eu e Padilha éramos da mesma corrente do PT, a Articulação Estudantil. O PC do B era nosso adversário”, lembra o hoje candidato – e líder da disputa – ao governo do Maranhão pelo PC do B. “Eu fui para o PT na época porque o partido combatia o José Sarney e o PC do B o apoiava. Hoje é o PT quem é linha auxiliar e nós estamos contra”, diz.
“Eu, Lindbergh, Padilha e Orlando éramos da mesma geração”, lembra o vereador paulistano Floriano Pesaro, que tenta uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSDB. Nas passeatas e assembleias da época, ele despontava como um dos mais bem-sucedidos quadros da juventude tucana.
Seu partido, vale lembrar, nasceu em 1988, apenas quatro anos antes do “Fora Collor”. “Naquela época, o PSDB e o PC do B estavam unidos contra um adversário comum: o PT”, lembra o vereador tucano. Pesaro tem uma explicação curiosa sobre o fato de seu partido não ter formado tantos políticos bem-sucedidos como os rivais da “esquerda”. “Os velhos do PSDB não deixaram ninguém despontar. A alternância de poder no partido é quase nula. É sempre (José) Serra ou (Geraldo) Alckmin”, afirma.
Tucanos, petistas e comunistas concordam em pelo menos uma avaliação. Os movimentos de junho de 2013 e de 1992 tiveram características completamente diferentes. “O movimento de junho se constituiu pela negação da política. Seria estranho alguém representá-los”, avalia Orlando Silva.
Velhos tempos
Candidato do PT governo de Mato Grosso, o ex-vereador Lúdio Cabral tem uma trajetória parecida com a de Padilha, de quem até hoje é amigo. Médico formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, Lúdio também atuou nas executivas de curso e, junto com Padilha, participou das movimentações pela implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Na semana retrasada, os dois se encontraram em Brasília, onde o ex-ministro da Saúde gravou uma participação no programa de TV de Lúdio.
Já Camilo Santana, candidato a governador do Ceará, foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Ceará e um dos mais destacados líderes do Nordeste no movimento “Fora Collor”.
Candidato a governador do Amazonas pelo PSB, Marcelo Ramos foi dirigente da juventude do PC do B, mas migrou para o PSB. Depois de se eleger vereador de Manaus pelo PC do B, tornou-se marineiro e foi ungido candidato na “cota” da presidenciável Marina Silva. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
DCI- “Geração 92” quer comandar os Estados
SÃO PAULO, 31/08/2014 – As manifestações de junho do ano passado representaram o fim de um hiato de mais de 20 anos sem movimentos massivos nas ruas do País, mas não deixaram como legado a formação de lideranças políticas identificadas com suas ideias. Não há, nas campanhas eleitorais deste ano, em nenhuma das esferas, o registro de candidatos que tenham se destacado como referência das ruas.
Em contrapartida, líderes da “geração de 92” – que começou a se aglutinar na efervescência das eleições diretas de 1989 e atingiu o ápice com os caras-pintadas do “Fora Collor” – despontam em disputas majoritárias. Seis candidatos a governador são contemporâneos do movimento estudantil da época – Alexandre Padilha (PT), em São Paulo; Marcelo Ramos (PSB), no Amazonas; Flávio Dino (PC do B), no Maranhão; Lindbergh Farias (PT), no Rio; Camilo Santana (PT), no Ceará; e Lúdio Cabral (PT), em Mato Grosso.
A esse grupo se soma outra tropa de postulantes a vagas no Senado, na Câmara e em Assembleias. Fazem parte desta turma Ricardo Gomide (PC do B), candidato a senador no Paraná, e Floriano Pesaro (PSDB) e Orlando Silva (PC do B), que tentam uma vaga de deputado federal por São Paulo. Eles estiveram juntos ou se enfrentaram em congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE), eleições de centros acadêmicos e de diretórios centrais de estudantes (DCEs).
Juntos combateram, na base ou na linha de frente, o governo de Fernando Collor, que acabou sofrendo um processo de impeachment.
Desta safra de políticos, os dois nomes que mais se destacam estão hoje no mesmo partido, mas foram adversários no movimento estudantil.
Em 1992, Lindbergh, então no PC do B, era o popular presidente da UNE que frequentava programas de TV e brilhava no alto dos carros de som. Enquanto isso, Padilha, já no PT, era um dirigente de bastidores. Sua ação era discreta no movimento estudantil porque o então aluno de Medicina da Unicamp foi pinçado ainda jovem para desempenhar missões importantes designadas pela alta cúpula do partido.
Em vez de disputar cargos na hierarquia da UNE, Padilha foi escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para catalisar em direção ao PT o sentimento de mudança que vinha das ruas. “Lindbergh foi uma das maiores lideranças da luta social do Brasil. É difícil compará-lo.
Já Padilha tinha uma ênfase mais técnica e atuava no movimento das executivas de curso”, lembra o ex-ministro Orlando Silva, que foi companheiro de chapa do atual candidato ao governo do Rio na UNE e depois presidiu a entidade.
Dois anos depois do impeachment de Collor, Padilha e Lindbergh tomaram caminhos opostos. O primeiro trancou a faculdade durante três anos para se dedicar às campanhas eleitorais de Lula. Já o segundo foi eleito deputado pelo PC do B.
Padilha ainda voltou para a Unicamp, onde concluiu o curso de medicina, e foi conhecer a realidade do Brasil clinicando no interior do Pará. Já Lindbergh trilhou uma tortuosa carreira política que só se estabilizou quando, a pedido de Lula, se filiou ao PT, legenda pela qual se elegeu deputado, prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e senador.
Opostos que se atraem Quando Flávio Dino estava saindo do movimento estudantil no começo dos anos 1990, Padilha e Lindbergh estavam começando a despontar. “Eu e Padilha éramos da mesma corrente do PT, a Articulação Estudantil. O PC do B era nosso adversário”, lembra o hoje candidato – e líder da disputa – ao governo do Maranhão pelo PC do B. “Eu fui para o PT na época porque o partido combatia o José Sarney e o PC do B o apoiava. Hoje é o PT quem é linha auxiliar e nós estamos contra”, diz.
“Eu, Lindbergh, Padilha e Orlando éramos da mesma geração”, lembra o vereador paulistano Floriano Pesaro, que tenta uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSDB. Nas passeatas e assembleias da época, ele despontava como um dos mais bem-sucedidos quadros da juventude tucana.
Seu partido, vale lembrar, nasceu em 1988, apenas quatro anos antes do “Fora Collor”. “Naquela época, o PSDB e o PC do B estavam unidos contra um adversário comum: o PT”, lembra o vereador tucano. Pesaro tem uma explicação curiosa sobre o fato de seu partido não ter formado tantos políticos bem-sucedidos como os rivais da “esquerda”. “Os velhos do PSDB não deixaram ninguém despontar. A alternância de poder no partido é quase nula. É sempre (José) Serra ou (Geraldo) Alckmin”, afirma.
Tucanos, petistas e comunistas concordam em pelo menos uma avaliação. Os movimentos de junho de 2013 e de 1992 tiveram características completamente diferentes. “O movimento de junho se constituiu pela negação da política. Seria estranho alguém representá-los”, avalia Orlando Silva.
Velhos tempos
Candidato do PT governo de Mato Grosso, o ex-vereador Lúdio Cabral tem uma trajetória parecida com a de Padilha, de quem até hoje é amigo. Médico formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, Lúdio também atuou nas executivas de curso e, junto com Padilha, participou das movimentações pela implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Na semana retrasada, os dois se encontraram em Brasília, onde o ex-ministro da Saúde gravou uma participação no programa de TV de Lúdio.
Já Camilo Santana, candidato a governador do Ceará, foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Ceará e um dos mais destacados líderes do Nordeste no movimento “Fora Collor”.
Candidato a governador do Amazonas pelo PSB, Marcelo Ramos foi dirigente da juventude do PC do B, mas migrou para o PSB. Depois de se eleger vereador de Manaus pelo PC do B, tornou-se marineiro e foi ungido candidato na “cota” da presidenciável Marina Silva. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
EXAME.COM- “Geração 92” quer comandar os Estados
São Paulo – As manifestações de junho do ano passado representaram o fim de um hiato de mais de 20 anos sem movimentos massivos nas ruas do País, mas não deixaram como legado a formação de lideranças políticas identificadas com suas ideias.
Não há, nas campanhas eleitorais deste ano, em nenhuma das esferas, o registro de candidatos que tenham se destacado como referência das ruas.
Em contrapartida, líderes da “geração de 92” – que começou a se aglutinar na efervescência das eleições diretas de 1989 e atingiu o ápice com os caras-pintadas do “Fora Collor” – despontam em disputas majoritárias.
Seis candidatos a governador são contemporâneos do movimento estudantil da época – Alexandre Padilha (PT), em São Paulo; Marcelo Ramos (PSB), no Amazonas; Flávio Dino (PC do B), no Maranhão; Lindbergh Farias (PT), no Rio; Camilo Santana (PT), no Ceará; e Lúdio Cabral (PT), em Mato Grosso.
A esse grupo se soma outra tropa de postulantes a vagas no Senado, na Câmara e em Assembleias.
Fazem parte desta turma Ricardo Gomide (PC do B), candidato a senador no Paraná, e Floriano Pesaro (PSDB) e Orlando Silva (PC do B), que tentam uma vaga de deputado federal por São Paulo.
Eles estiveram juntos ou se enfrentaram em congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE), eleições de centros acadêmicos e de diretórios centrais de estudantes (DCEs).
Juntos combateram, na base ou na linha de frente, o governo de Fernando Collor, que acabou sofrendo um processo de impeachment.
Desta safra de políticos, os dois nomes que mais se destacam estão hoje no mesmo partido, mas foram adversários no movimento estudantil.
Em 1992, Lindbergh, então no PCdoB, era o popular presidente da UNE que frequentava programas de TV e brilhava no alto dos carros de som. Enquanto isso, Padilha, já no PT, era um dirigente de bastidores.
Sua ação era discreta no movimento estudantil porque o então aluno de Medicina da Unicamp foi pinçado ainda jovem para desempenhar missões importantes designadas pela alta cúpula do partido.
Em vez de disputar cargos na hierarquia da UNE, Padilha foi escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para catalisar em direção ao PT o sentimento de mudança que vinha das ruas.
“Lindbergh foi uma das maiores lideranças da luta social do Brasil. É difícil compará-lo.
Já Padilha tinha uma ênfase mais técnica e atuava no movimento das executivas de curso”, lembra o ex-ministro Orlando Silva, que foi companheiro de chapa do atual candidato ao governo do Rio na UNE e depois presidiu a entidade.
Dois anos depois do impeachment de Collor, Padilha e Lindbergh tomaram caminhos opostos. O primeiro trancou a faculdade durante três anos para se dedicar às campanhas eleitorais de Lula. Já o segundo foi eleito deputado pelo PC do B.
Padilha ainda voltou para a Unicamp, onde concluiu o curso de medicina, e foi conhecer a realidade do Brasil clinicando no interior do Pará.
Já Lindbergh trilhou uma tortuosa carreira política que só se estabilizou quando, a pedido de Lula, se filiou ao PT, legenda pela qual se elegeu deputado, prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e senador.
Opostos que se atraem Quando Flávio Dino estava saindo do movimento estudantil no começo dos anos 1990, Padilha e Lindbergh estavam começando a despontar.
“Eu e Padilha éramos da mesma corrente do PT, a Articulação Estudantil. O PC do B era nosso adversário”, lembra o hoje candidato – e líder da disputa – ao governo do Maranhão pelo PC do B.
“Eu fui para o PT na época porque o partido combatia o José Sarney e o PC do B o apoiava. Hoje é o PT quem é linha auxiliar e nós estamos contra”, diz.
“Eu, Lindbergh, Padilha e Orlando éramos da mesma geração”, lembra o vereador paulistano Floriano Pesaro, que tenta uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSDB.
Nas passeatas e assembleias da época, ele despontava como um dos mais bem-sucedidos quadros da juventude tucana.
Seu partido, vale lembrar, nasceu em 1988, apenas quatro anos antes do “Fora Collor”. “Naquela época, o PSDB e o PC do B estavam unidos contra um adversário comum: o PT”, lembra o vereador tucano.
Pesaro tem uma explicação curiosa sobre o fato de seu partido não ter formado tantos políticos bem-sucedidos como os rivais da “esquerda”.
“Os velhos do PSDB não deixaram ninguém despontar. A alternância de poder no partido é quase nula. É sempre (José) Serra ou (Geraldo) Alckmin”, afirma.
Tucanos, petistas e comunistas concordam em pelo menos uma avaliação. Os movimentos de junho de 2013 e de 1992 tiveram características completamente diferentes.
“O movimento de junho se constituiu pela negação da política. Seria estranho alguém representá-los”, avalia Orlando Silva.
Velhos tempos
Candidato do PT governo de Mato Grosso, o ex-vereador Lúdio Cabral tem uma trajetória parecida com a de Padilha, de quem até hoje é amigo.
Médico formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, Lúdio também atuou nas executivas de curso e, junto com Padilha, participou das movimentações pela implantação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na semana retrasada, os dois se encontraram em Brasília, onde o ex-ministro da Saúde gravou uma participação no programa de TV de Lúdio.
Já Camilo Santana, candidato a governador do Ceará, foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Ceará e um dos mais destacados líderes do Nordeste no movimento “Fora Collor”.
Candidato a governador do Amazonas pelo PSB, Marcelo Ramos foi dirigente da juventude do PC do B, mas migrou para o PSB.
Depois de se eleger vereador de Manaus pelo PC do B, tornou-se marineiro e foi ungido candidato na “cota” da presidenciável Marina Silva. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
GLORINHA COHEN- Hashará em memória de três jovens
“Que não tenhamos que trazer mais nenhum de nossos meninos de volta, para que não choremos os seus corpos”,
disse Floriano Pesaro em seu discurso.
O vereador e sociólogo Floriano Pesaro participou, na Sinagoga Beth Jacob, em São Paulo, da Haskará em memória de Eyal, Gilad e Naftali, os três jovens israelenses mortos pelos terroristas do Hamas. Presentes também o Cônsul de Israel, Yoel Barnea, e Ricardo Berkiensztat, vice-presidente da FISESP, além de dirigentes das lojas maçônicas judaicas.
Durante o evento, Floriano Pesaro, que é candidato a Deputado Federal nas próximas eleições, proferiu o discurso abaixo.
Crédito das fotos: Vagner Campos/A2 Comunicação
DISCURSO DO VEREADOR FLORIANO PESARO
HASKARÁ EM MEMÓRIA DE TRÊS JOVENS
Lá se foram três vidas. Três jovens estudiosos. Retirados de seu meio ambiente para a morte. Foram literalmente roubados de seu futuro para um fim sangrento.
Eyal Yifrach, de 19 anos, Naftali Fraenkel de 16 anos e Gilad Shaar, também de 16, foram sequestrados e mortos pelos terroristas do Hamas.
É triste imaginar a agonia destes três jovens nas mãos de terroristas, pegos para moeda de barganha e descartados até mesmo antes disso. É infame imaginar seus pais e familiares reféns de uma situação política.
Nosso povo se uniu em busca destes jovens como nunca, em todos os cantos do mundo, numa esperança infrutífera de resgatá-los com vida, na vã expectativa de que os guerrilheiros do Hamas pudessem ter alguma dignidade e devolver Eyal, Naftali e Gilad com vida para suas famílias.
Judeus do mundo todo iniciaram uma campanha para exigir a volta destes jovens violentamente arrancados de sua rotina diária, e em todas as partes do planeta vimos cartazes exigindo a volta de nossos rapazes.
BRING BACK OUR BOYS.
Fomos ingênuos. O terrorismo não conhece os limites da humanidade.
Desejo salientar que no campo da política internacional, o que aconteceu foi uma vergonha. Houve organismos que duvidaram da assinatura do Hamas neste sequestro e chegaram até a culpar Israel, conjeturando que o país teria planejado isso para implodir o governo de unidade entre Fatah e Hamas.
A campanha de difamação contra o pequeno estado judeu chega realmente a extremos.
Independentemente destas posições esdrúxulas, o repúdio internacional ao sequestro foi pífio e Israel esteve quase sozinho na busca incansável dos terroristas que perpetraram este ato.
Ao fim, só o que recebemos foram três corpos. Eyal, Naftal e Gilad não estarão mais conosco.
Assistimos comovidos toda uma nação de luto, chorando ao enterrar estes três jovens.
Infelizmente, vimos a paz tornar-se mais distante e uma guerra se instalou entre o Estado de Israel e os terroristas do Hamas, aqueles que não dão valor a qualquer vida humana, nem mesmo às do seu próprio povo.
Que não tenhamos que trazer mais nenhum de nossos meninos de volta, para que não choremos os seus corpos.
A nação e o povo judeu estão de luto. De novo.
Floriano Pesaro – Sociólogo e Vereador
SITE CÂMARA- Seminário discute mídia e política no processo eleitoral
Especialistas discutiram os impactos da mídia no processo eleitoral em seminário realizado na Câmara Foto: André Bueno / CMSP
ROBERTO VIEIRA
DA REDAÇÃO
As relações entre os meios de comunicação e o cenário político, ou seja, os impactos que a mídia pode causar no processo eleitoral são sempre motivo de reflexões, principalmente em ano de eleição. A Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador Floriano Pesaro (PSDB), promoveu nesta quinta-feira (28/8) o seminário “Mídia e política em tempo de eleições”, que discutiu o tema com especialistas.
”Esse assunto é importante para refletirmos como os meios de comunicação podem contribuir para uma sociedade mais democrática e informada, ou, o quanto podem maquiar a realidade, comprometendo a nossa democracia”, explicou a professora da USP (Universidade de São Paulo), jornalista e cientista política Kátia Saisi, autora do livro ‘Campanhas presidenciais, mídia e eleições na América Latina: Brasil, Chile e Venezuela’.
Kátia destacou que existe uma peculiaridade comum aos 20 países que compõem a América Latina no âmbito da disputa eleitoral. “A ascensão de novas formas de comunicação, como rádios e tv’s comunitárias, além das redes sociais, estão alterando o modo como se dá o debate político na atualidade”, explicou.
Do ponto de vista do eleitor, o professor de jornalismo Carlos Sandano, da Universidade Mackenzie, considera que o grande desafio neste novo modelo é promover o diálogo, que segundo ele, inexiste. ”Nas mídias sociais as pessoas vivem em bolhas informativas. Por exemplo, quem é de um lado reafirma sua posição e não tem o contato com outras perspectivas. Isso é ruim para o processo democrático, porque não há diálogo”, revelou.
O professor da Faculdade Cásper Líbero, Cláudio Novaes Pinto Coelho, alertou para o fato de que as campanhas políticas são cada vez mais influenciadas pelo marketing e a imagem do candidato passou a ser algo fundamental. ”A população tem que aprender a ter uma visão mais crítica sobre o processo para que possa fazer uma distinção sobre a imagem do candidato e aquilo que ele realmente é, ou seja, cobrar para que ele corresponda à imagem que lhe foi passada”, argumentou.
”Nosso debate hoje não tratou o atual cenário, até por uma questão de legislação eleitoral, mas sim os processos eleitorais anteriores, para que possam nos servir, em especial do ponto de vista das mídias e do marketing político, de base de análises”, finalizou Pesaro.
SITE CÂMARA- Projeto retira obrigatoriedade de filiação de cooperativas junto a OCB
Comissão de Constituição e Justiça analisou cerca de 40 projetos em reunião desta quarta (27/8) Foto: Luiz França/CMSP
DA REDAÇÃO
Os vereadores deram parecer favorável na reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa da Câmara Municipal, nesta quarta-feira (27/8), ao Projeto de Lei (PL) 198/2014, que retira da Lei Municipal 15.944, de 23 de setembro de 2013, o item que obriga as sociedades cooperativas a apresentarem seus registros junto à OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), ou na entidade estadual, para que possam participar de processos licitatórios junto ao Executivo.
“Esse projeto é muito importante paras as cooperativas, porque nos permitirá comercializar os produtos dos assentados junto à prefeitura. Com a lei vigente, que nos obriga a sermos filiados à OCB, isso não é possível. Nós já fomos selecionados a prestar o serviço de fornecimento de alimentos e não podemos assinar o contrato devido a este impedimento legal”, explicou Adalberto de Oliveira, responsável pela comercialização das cooperativas ligadas ao “Movimento sem Terra”.
“Hoje, a comissão, sensibilizada com as cooperativas e também com ações judiciais existentes e que já possuem até ganhos de causa, decidiu dar o parecer legal a este projeto, e agora as cooperativas, uma vez aprovado em plenário, não precisarão mais estar filiadas a qualquer órgão para prestar serviço”, comentou o vereador Goulart (PSD), presidente da CCJ.
O PL tem autoria conjunta dos vereadores Arselino Tatto (PT), Paulo Frange (PTB), Dalton Silvano (PV), Milton Leite (DEM), Atilio Francisco (PRB), Eliseu Gabriel (PSB), José Police Neto (PSD), Noemi Nonato (PROS), Alfredinho (PT), Floriano Pesaro (PSDB), Ricardo Young (PV), Laércio Benko (PHS), Ricardo Nunes (PMDB), Toninho Vespoli (PSOL) e Pr. Edemilson Chaves (PP).