SITE CÂMARA- Centenário da UNIBES é comemorado na Câmara

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Representates da entidade UNIBES recebem placa comemorativa da Câmara. Foto: André Bueno / CMSP

MARGARETE RAPUSSI
DA WEB RÁDIO CÂMARA

Para comemorar os 100 anos da UNIBES (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social), a Câmara Municipal promoveu uma Sessão Solene na noite desta segunda-feira (15/9) por iniciativa do vereador Floriano Pesaro (PSDB).

A instituição foi criada em 1915 com o intuito de prestar auxílio a diversos imigrantes judeus que vieram para o Brasil na época da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

FOLHA.COM- Audiência pública discute projeto de lei sobre o futuro do Minhocão

A questão era: ninguém queria mais o elevado Costa e Silva como é hoje. Daí partiu a discussão que, na terça (9), levou 170 pessoas à primeira audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo para discutir o projeto de lei que cria o Parque Municipal do Minhocão.

Assinado pelos vereadores José Police Neto (PSD), Nabil Bonduki (PT), Toninho Vespoli (PSOL), Ricardo Young (PPS), Goulart (PSD), Natalini (PV) e Floriano Pesaro (PSDB), o PL 10/2014 visa bucolizar a diretriz já aprovada do Plano Diretor que prevê a desativação daquele movimentado complexo viário e “sua demolição ou transformação, parcial ou integral, em parque”.

Mas há quem milite pelo desmonte da estrutura. Sentados em lados opostos do auditório Prestes Maia (maior do que o previamente reservado para o encontro), cidadãos aproveitaram o microfone para discutir suas relações com aquela que talvez seja a mais polêmica obra do mobiliário urbano paulistano.

A sãopaulo elencou trechos do que foi dito na ocasião.

“Lamento informar aqueles que querem o seu desmonte: o parque já existe. A partir do momento que as primeiras restrições de horário de funcionamento foram levadas a cabo para a prefeita Erundina as pessoas já se apropriaram daquele espaço público. Já fizeram dele um parque. É um parque espontâneo, que existe à margem de qualquer regulamentação e que não implica hoje em custo algum para o município”

– Wilson Levy Braga da Silva Neto, 28, da Associação Parque Minhocão

“Quem defende o parque é quem vai passear. Quem defende o desmonte é que mora em frente. A falta de privacidade é um grande problema que nós moradores teremos com o parque. Sobre a poluição sonora, pessoas ali preferem o ruído dos carros ao das festas. Quando se criou o Minhocão, houve um impacto muito grande nas pessoas que ali estavam. Foi uma coisa terrível. São 43 anos que as pessoas sofrem neste problema, com aquela poluição do ar, sonora e doenças. Ninguém se preocupou em realmente dar uma solução nesse tempo. Essa é chance daquelas pessoas que estão ali, naquele sofrimento, saírem desse problema. Então pedimos que não aprovem esse projeto”

– Yara Goes, 64, integrante da Ação Local Amaral Gurgel

“O que nós devemos perguntar é a quem isso vai interessar. E contra quem, como sempre foi, tal ato vai servir. Desmontar ou não derrubar, eis a questão”

– Paulo Goya, secretário do Conselho Participativo da Sé

“É maravilhoso ficar no meio dos passarinhos, vendo as plantas… Mas cada macaco no seu galho! Em cima do Minhocão, não! É transpor os problemas debaixo para cima. É transformar o Minhocão em uma favela suspensa! ninguém mais sai do meu prédio [na r. Dr. Albuquerque Lins] depois das 20h, porque é tiro e queda: saiu, é assaltado”

– Francisco Machado, 67, síndico e membro do Conseg Santa Cecília

“Me convidaram para participar, e eu vim”

– Eurico Rocha, 57, que “representa uma parcela dos universitários da Vila Buarque”, que chama de “Quartier Latin”

“Imagine sem o Minhocão, com árvores e ciclovia embaixo. Um exemplo pode ser a av. Pacaembu. Ela é deslumbrante! Que seja claro: vai gastar dinheiro pra fazer parque, supondo que seja aprovado? Podem saber que vai ter sérios problemas judiciais. Isso é indiscutível”

– David Abrão Calixto, 51, presidente da Apajafesp (Associação dos Paisagistas, Agrônomos, Jardineiros, Floristas, Ecologistas e Empresas do Segmento)

“A gente se preocupa como que ficaria, por exemplo, o nosso bairro, a nossa região, no caso tanto do parque suspenso quanto derrubando. Como é que vai ficar o comerciante? Não vai virar cracolândia, não. Um parque elitizado a serviço da especulação imobiliária. Vai ficar caro de se viver, vai ter comerciante expulso e a padaria não vai se chamar mais padaria, e sim Paneteria”

– João Batista Largo, do grupo Veredas

“Na questão do uso de espaço, é possível ser criativo. Poderíamos, por exemplo, criar um mercado de plantas lá em cima. Um parque suspenso convida a um mercado de plantas. Isso pode ser criado por quiosques. Os quiosques podem ser usados para gerar gerar empregos, para gerar imposto, que podem manter o parque. Então essas são soluções criativas que precisam sair da alçada de ideias pré-concebidas”

– Davi de Lacerda, 42, morador da Santa Cecília

“Gostaria de abrir a minha sacada e respirar o verde, mas sei que não vai ser isso. Já vejo gente fumando baseado e o cheiro entra no meu apartamento. Bola já quebrou o vidro da vizinha e o síndico não quer pagar”

– Maria Angela, 58, moradora do primeiro andar em frente ao Minhocão

“Resolvidos problemas de barulho, horário, segurança e social, não consigo imaginar como a ausência desse imobiliário pode ser melhor que um parque, como pessoas são piores que carros”

– Felipe Morozini, 39, fotógrafo e diretor da Associação Parque Minhocão

“Por que não fazer um parque linear sem Minhocão? Não adianta nada tirar o Minhocão e a avenida virar uma nova Santo Amaro. Nem fazer um parque e continuar um cemitério embaixo”

– Pedro Ciccone Teixeira, 27, morador da região

“Hoje à noite já acontece sexo ao vivo, miséria e gente fumando maconha etc. A segurança no Estado já é precária e vamos criar mais um ponto de insegurança”

– José Geraldo S. Oliveira, vice-presidente do Conseg Santa Cecília

“O Minhocão é uma cicatriz infecionada. Não tenho coragem de caminhar por baixo depois das 22h. Não dá pra a gente criar um paliativo”

– Rosa Sílvia Lopez, 51, coordenadora do Instituto Rede Brasilidade, moradora da rua Barão da Campinas

“O Minhocão tem embaixo dele um cemitério que não recebe luz há 40 anos. Vida precisa de luz. Pessoas lá embaixo esperando o ônibus, indo para a Santa Casa, respiram poluição. Por hora sou a favor do desmonte”

– Maria Valéria Farhat, 54, professora

SITE CÂMARA- Sessão Solene comemora 50 anos de fundação do CIEE

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Representantes do CIEE recebem homenagem na Câmara Municipal    Foto: Luis França / CMSP
JELDEAN SILVEIRA
DA REDAÇÃO

A Câmara Municipal realizou na noite desta quinta-feira (11/9) uma Sessão Solene em comemoração aos 50 anos de fundação do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola), uma associação de assistência social que oferece vários programas de formação integral para que jovens estudantes ingressem no mercado de trabalho.

Desde sua fundação, o CIEE já encaminhou mais de 13 milhões de jovens ao mercado de trabalho — para atuarem como aprendizes e estagiários em diversas empresas. O Sistema CIEE Nacional congrega hoje oito unidades estaduais autônomas, que seguem a mesma filosofia, políticas e diretrizes institucionais. As sedes estaduais agregam 300 unidades só no estado de São Paulo.

“É emocionante compartilhar esta homenagem com nossa equipe. Hoje contamos com 2200 profissionais de diversos setores em todo Brasil, oferecendo cursos de informática, idiomas, educação à distância, entre outros – tudo de graça, à juventude carente”, disse o presidente executivo da entidade, Luiz Gonzaga Bertelli.

O presidente do conselho de administração, Ruy Martins Altenfelder, destacou a importância do papel social da instituição e falou sobre um futuro projeto, em parceria com a prefeitura de São Paulo, para capacitação de moradores de rua. “Esta parceria, que já está firmada com a prefeitura e os moradores da rua, servirá para atender jovens que devem ser preparados para o mercado de trabalho. Conversaremos com as empresas para inseri-los em seu primeiro emprego. Este é o papel do CIEE”, disse.

O proponente da solenidade, vereador Floriano Pesaro (PSDB), ressaltou a importância da entidade para o desenvolvimento do país. “É um trabalho sensacional, as empresas confiam na capacitação do CIEE, por isso abrem tantas oportunidades. É uma instituição parceira da administração publica, então nada mais justo que essa homenagem pelos seus 50 anos de vida”, afirmou.

TERRA- Criação de parque no Minhocão começa a ser debatida em SP

Com 2,8 km de extensão, o Elevado Costa e Silva liga a região da Praça Roosevelt, no centro da capital, ao Largo Padre Péricles, em Perdizes, na zona oeste.  A obra foi inaugurada em 1971, em plena ditadura militar, pelo então prefeito biônico Paulo Maluf. Como forma de homenagear aquele que lhe deu o cargo, Maluf batizou o Elevado com o nome do general Costa e Silva.

Próximos passos
De acordo com o vereador José Police Neto (PSD), um dos autores do projeto, a próxima audiência pública deverá ser realizada até o final de setembro, e a ideia é que a discussão ocorra no próprio Minhocão, em um domingo. A sugestão, inclusive, chegou a ser apresentada na audiência de ontem por uma moradora da Barra Funda, que fez um apelo para que o debate sobre o Minhocão chegue ao maior número de pessoas possível.

O PL que cria o Parque Minhocão foi proposto pelos vereadores Nabil Bonduki (PT), Toninho Vespoli (PSOL), Ricardo Young (PPS), Goulart (PSD), Gilberto Natalini (PV) e Floriano Pesaro (PSDB), além de Police Neto.

Apesar de citar diretamente a criação do parque e não prever a hipótese de demolição, os vereadores afirmam que o futuro do Minhocão não está definido e que as audiências públicas servirão exatamente para isso. “Um projeto de lei exige um substitutivo. Poderá surgir, e certamente deverá surgir um substitutivo. Estamos debatendo justamente para saber qual será o teor desse texto”, afirmou Nabil Bonduki, que também conduziu a sessão.

A expectativa é que um consenso a respeito de uma solução para o Elevado seja alcançada até o fim deste ano – somente depois disso é o projeto será levado a votação. Então, depois de aprovado e sancionado o projeto, a previsão é que a desativação definitiva do tráfego no Minhocão demore até seis anos.

A desativação do tráfego de veículos no Minhocão deixa a seguinte questão: o que será feito com a via suspensa, considerada um dos maiores fracassos urbanísticos da cidade de São Paulo?

Para alguns, o Elevado Costa e Silva deve ser transformado em parque suspenso, garantindo a manutenção do espaço público de lazer do qual a população já se apropriou aos domingos e feriados e também à noite (das 21h30 às 6h30), quando o tráfego é fechado. Outros defendem o seu desmonte – que seria melhor que a demolição – e, com isso, a volta do silêncio e a extinção de uma zona habitada por sem-teto e usuários de drogas.

A restrição definitiva de veículos no Minhocão está prevista no Plano Diretor, que estabelece regras para o crescimento da cidade para os próximos 15 anos e está em vigor desde o 31 de julho. A desativação do tráfego deverá ser feita de forma progressiva, mas não há prazo para isso – o Plano diz apenas que a questão deve ser tratada em projeto de lei (PL) específico. E foi assim que surgiu o PL 10/2014 na Câmara Municipal.

A primeira audiência pública do projeto foi realizada na noite desta terça-feira em um auditório com capacidade para 170 pessoas, lotado. A sessão, que deveria durar cerca de uma hora e meia, se estendeu por mais de três horas. No total, 31 pessoas expuseram seus argumentos contra ou a favor da criação do Parque Minhocão, como sugere o projeto de lei.

Para Wilson Levy, 28 anos, da Associação Amigos do Parque Minhocão, a perspectiva de desativação do transporte individual motorizado “já é uma conquista”. Ao defender a criação do parque, Levy afirmou a cidade de São Paulo é “carente de espaços de lazer” e lembrou que o Minhocão já desempenha esse papel. “As pessoas já fizeram dele um parque. É um parque espontâneo, que existe à margem de qualquer regulamentação”, disse.

Para Iara Goes, 64 anos, do conselho participativo da Subprefeitura da Sé e da Ação Local Amaral Gurgel, a criação do parque não acabaria com o sofrimento das “232 mil pessoas que há 43 anos sofrem com a poluição do ar e a poluição sonora” do Elevado. “É preciso um estudo dos impactos. Não se pode substituir um problema por outro. As pessoas que moram ali preferem o ruído dos carros ao ruído das festas, com aqueles amplificadores que deixam qualquer um enlouquecido”, disse Iara.

A única proposta que agradou aos dois lados foi apresentada pelo funcionário público Pedro Ciccone Teixeira, 27 anos,  que sugeriu a criação de um parque linear, ou seja, um parque no solo, a partir da demolição da estrutura do Elevado. “Por que não fazer um parque linear, no chão, na avenida, como existe em várias partes do mundo?”, questionou, recebendo aplausos de todos os cantos do auditório. “Se não for feito isso, que seja feito o Parque Minhocão. Não queremos outra avenida Santo Amaro, outra rua da Consolação”, criticou.

SITE CÂMARA- CCJ realizará audiência para debater criação do Parque do Minhocão

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Reunião da CCJ realizada no auditório Prestes Maia nesta quarta-feira          Foto: Luiz França / CMSP

DA REDAÇÃO

Projeto de Lei (PL) 10/2014, que estabelece a criação do “Parque Municipal do Minhocão” e prevê a desativação gradativa do Elevado Costa e Silva, será tema de audiência pública na próxima terça-feira (9/9), às 19h, na Sala Tiradentes da Câmara Municipal, de acordo com encaminhamento dos vereadores que participaram da reunião da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa), realizada nesta quarta-feira (3/9).

“Eu e alguns vereadores da Casa somos autores desse projeto que visa transformar o Minhocão (Elevado Costa e Silva) em um parque.  Embora já tenhamos aprovado isso no Plano Diretor, falta aprovar esse projeto que está apresentado aqui na Câmara”, comentou o vereador Goulart (PSD), presidente da Comissão.  Além dele, também são proponentes do projeto os parlamentares Ricardo Young (PV), Nabil Bonduki (PT), Natalini (PV), José Police Neto (PSDB), Floriano Pesaro (PSDB) e Toninho Vespoli (PSOL).

O texto prevê que a instalação do Parque do Minhocão seja feita de acordo com o aumento da restrição de tráfego, até a completa desativação do Elevado Costa e Silva como via de trânsito.

O Minhocão, como ficou conhecido, existe há 43 anos e atualmente já é fechado ao trânsito de veículos durante a semana das 21h30 às 6h30 e aos domingos e feriados.

Melhorias na Avenida Santo Amaro
A CCJ também convocou audiência pública para a próxima quarta-feira (10/9), às 10h, para discutir o Projeto de Lei (PL) 377/2014, de autoria do Executivo. O texto indica melhoramentos públicos na Avenida Santo Amaro, desde a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek até a Avenida dos Bandeirantes, previstos na Lei 14.193, de 25 de agosto de 2006.

“O Executivo pretende estender a operação urbana Faria Lima até a avenida Santo Amaro, porque desde a concepção do corredor desta avenida vários comércios e imóveis daquela região foram desvalorizados”, explicou Goulart.