17/09 – Obras na Marginal Tietê

O SR. FLORIANO PESARO (PSDB) – Sr. Presidente, Srs. Vereadores, primeiramente, gostaria de cumprimentar o Coronel Álvaro Batista Camilo, Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que visita esta Casa.
Gostaria, mais uma vez, de registrar o pesar pelo o falecimento do Dr. Pedro Salomão Kassab, pai do Sr. Prefeito Gilberto Kassab. Tivemos uma grande proximidade, não só intelectual, mas também de amizade. O Dr. Pedro fará falta no Conselho Estadual de Educação, ao pensamento e à educação no Brasil, e não somente na área médica.
Aproveito os próximos minutos para falar a respeito das obras de ampliação da Marginal do Tietê, incompreendidas por muitos, mas cabe à bancada do PSDB esclarecê-las.
Ontem, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o Sr. Aloyzio Nunes Ferreira, Secretário da Casa Civil, mostrou que não há relação entre as obras da Marginal do Tietê e as inundações que ocorreram em virtude das chuvas das últimas semanas. O Sr. Secretário sugeriu que tal relação é zombar da inteligência alheia. A obra, evidentemente, está no começo e, praticamente, não há nenhum asfalto novo naquela região; muito pelo contrário, as grandes valetas abertas pela obra serviram como piscinões e ajudaram até a reter água. Vejam a ignorância daqueles que quiseram fazer uma ilação entre a inundação naquele pedaço da cidade e a obra que está sendo feita.
Evidentemente, sempre temos os críticos de plantão, aqueles que não fazem o que poderiam fazer e aproveitaram o caos das chuvas para empreender uma campanha de desinformação sobre a obra, lançando mão de mentiras e insinuações e soluções delirantes. Uma das críticas que gostaria de ressaltar é a de que as obras da Marginal privilegiaram o transporte individual em detrimento ao coletivo. Várias vezes a oposição fala sobre isso, mas esquecem que acusar o Governo Serra de não priorizar o transporte coletivo é puro cinismo. Pela primeira vez em São Paulo, temos, ao mesmo tempo, três linhas de metrô sendo construídas, com várias estações já inauguradas e, até 2010, serão mais de R$ 20 bilhões investidos em transporte sobre trilhos, que é o principal transporte coletivo que temos de ter na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
A outra crítica é que as pistas da Marginal Tietê irão aumentar a impermeabilidade. Digo claramente que a área permeável do canteiro central que existia até recentemente na Marginal do Tietê corresponde a 0,06%, ou seja, nada. Portanto, as novas pistas, se é que representam alguma perda, seria uma perda muito irrelevante diante da várzea do rio.
Da mesma forma, os críticos continuam a insistir que o Parque Várzeas do Rio Tietê não resolverá o problema. O Governador José Serra está construindo o maior parque do Brasil em área urbana, será maior do que os parques cariocas, como o Parque da Tijuca, a área permeável será 500 vezes maior no Parque das Várzeas do Rio Tietê, que terá 10 mil hectares e será onde o rio apresenta a sua maior envergadura, na entrada da cidade.
Boa parte das chuvas que vão cair na região, na cabeceira do rio Tietê, será retida e absorvida pelas novas várzeas do parque do Tietê. Por isso há uma estratégia hídrica, não é um “blá-blá-blá”, se vão impermeabilizar mais ou menos. Há uma estratégia que foi pensada junto com os técnicos que entendem de fato desta questão da impermeabilidade do solo.
A outra questão é a das árvores retiradas pela obra. O Secretário Aloyzio Nunes respondeu com clareza: este é um argumento que “briga” com os próprios fatos e impressionante o quanto é irresponsável. Seiscentas árvores foram retiradas do canteiro da Marginal e outras mil estão sendo plantadas ao longo da via. Quanto às árvores novas, serão nove mil novas árvores, na própria Marginal, e 80 mil novas árvores nos bairros do entorno, além das 63 mil. É impressionante, estamos falando de 600 árvores, 450 mil novas árvores. Quero somente registrar estes dados, mas voltarei ao assunto para dar a clareza necessária em relação às obras da Marginal Tietê.
Muito obrigado.