03/02/2011 – Cidades Verdes

O SR. FLORIANO PESARO (PSDB) – Sr. Presidente, Srs. Vereadores, amigos que nos assistem pela TV Câmara São Paulo, bancada do PSDB, saúdo especialmente os nobres pares Netinho de Paula, Claudio Prado e Claudio Fonseca, participantes da Mesa.

Sr. Presidente, começamos o ano legislativo com uma boa notícia especialmente para o meio ambiente da cidade de São Paulo. A cidade de São Paulo é um dos municípios brasileiros a se classificar acima da média na avaliação dos municípios latino-americanos em cidades verdes, no Latin American Green Index. Os demais municípios brasileiros foram Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, além de Curitiba que ficou em primeiro lugar no ranking, a única de todas as cidades avaliadas classificadas como “bem acima da média”. Foram avaliados 17 municípios da América Latina, do México ao Chile quanto ao seu grau de preocupação ambiental. A pesquisa foi realizada pela Siemens.

Segundo o documento, no enfrentamento de desafios ambientais, nenhum outro município da América Latina adotou políticas integradas e de longo prazo tão eficientes quanto Curitiba, sobretudo na gestão de resíduos sólidos, tema que tratamos exaustivamente no segundo semestre do ano passado na Comissão do Meio Ambiente desta Casa.

Abaixo da cidade paranaense de Curitiba, cinco municípios ficaram acima da média: Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, que dividiram o pódio com o município de Bogotá, na Colômbia.

Mas é importante ressaltar a todos que militam na área do meio ambiente que São Paulo teve um avanço brutal nas gestões dos prefeitos Serra e Kassab: são mais de 800 mil árvores plantadas; a inspeção veicular trouxe o combate à poluição atmosférica; e o Plano Municipal de Arborização, realizado sob o comando do secretário Eduardo Jorge.

De certa forma, o Rio de Janeiro sempre foi protegido por seu meio ambiente. Apesar de o homem ter feito todos os esforços para destruí-lo, especialmente em torno dos morros, com a poluição de córregos e rios, sempre foi uma cidade dotada de meio ambiente muito exuberante. O mesmo ocorre com Belo Horizonte, uma cidade cercada por montes e morros. Brasília, por sua vez, é planejada, com áreas verdes pré-determinadas. No caso de São Paulo, chegar a esse nível no ranking de cidades verdes implicou, realmente, um imenso esforço da Prefeitura de São Paulo, do Prefeito Gilberto Kassab e de nós próprios, vereadores, que militamos diariamente na cidade, cobrando uma presença cada vez maior de áreas verdes, de parques lineares.

Cabe lembrar a recente inauguração do 70º parque linear na cidade de São Paulo. Atingiremos a meta de 100 parques, que é um dos compromissos assumido pelo Prefeito Kassab e que consta no Plano de Metas de 2012, pois se trata de algo que tem contribuído bastante para a ampliação das áreas verdes.

A pesquisa feita pela Siemens, na América Latina, levou em consideração oito aspectos: energia e CO2, uso da terra e prédios, transporte, resíduos, água, saneamento básico, qualidade do ar e governança ambiental.

Rankings como esse, nobre Vereador Natalini, que milita na área verde, na saúde preventiva e que tem uma preocupação especial com a questão ambiental, ajuda a planejar a cidade, tornado-a cada vez mais saudável e mais verde, e, além disso, identifica os problemas ambientais existentes.

Temos um enorme desafio este ano: regulamentar a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Para isso, será necessário debater exaustivamente o assunto, pois é algo que diz respeito a catadores, cooperativas de reciclagem, destinação correta dos resíduos sólidos, secos, úmidos e também do lixo eletrônico.

Aliás, Sr. Presidente, temos pelo menos sete projetos que tratam sobre o tema, e que estavam sendo coordenados pelo nobre Vereador Ítalo Cardoso, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Espero que a Casa possa colocá-los em pauta, para, ainda este ano, termos uma lei específica para o lixo eletrônico na cidade de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente e nobres Vereadores.